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Julianne Moore impressiona equipe de Meirelles
Por Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
26/08/2008 | 07:02
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Quem lia o blog de Fernando Meirelles durante a produção de Ensaio sobre a Cegueira, que estréia em 12 de setembro, sabe que o diretor se desmanchou em elogios à performance e à postura da norte-americana Julianne Moore. Ontem, durante entrevista coletiva em que a atriz, Meirelles, Alice Braga, também no elenco, o designer andreense Tulé Peake, e produtores brasileiros e estrangeiros divulgaram o filme, ficou claro que não houve exagero. Julianne é de carisma e bom humor impressionantes.

"Queria muito trabalhar com o Fernando e adorei o tempo em que estive no Brasil no ano passado. Desta vez, trouxe os meus filhos e passamos férias na Amazônia", contou. Ao lado de Mark Ruffalo, a ruiva protagoniza a suada adaptação do romance do escritor português José Saramago, que demorou anos para aceitar a versão da história de uma epidemia de cegueira com forte fundo político. O filme é uma co-produção Brasil/Canadá/Estados Unidos.

Bela aos 47 anos, faz a única personagem que não perde a visão e foi questionada como foi mergulhar em papel sem nome ou referências. "Quando peguei o livro, tive dificuldade para entender a linguagem. Achei que era por ter sido escrito em português, mas percebi que era um estilo muito especial. A princípio, apenas observei", afirmou.

Para o filme, Meirelles pediu que a atriz ganhasse peso e cortasse o cabelo. "Sugeri então pintar de louro, mas ele disse que não precisava. Mesmo assim, tingi e acho que contribuiu para a fotografia esbranquiçada do filme" diz Julianne. Quem contou a Meirelles sobre a loirice foi a colega Alice Braga. "Comentei perto dele que era o máximo ela te ficado loira e ele se espantou", lembra a brasileira, que volta a trabalhar com seu "padrinho".

Meirelles sublinhou o selo independente do longa. "Não é hollywoodiano como dizem. É canadense por que o Don McKellar (roteirista) e o Niv Fichman conseguiram os direitos. É japonês porque a Sonoko Sakai conseguiu de cara 60% do orçamento junto a empresas do país e é brasileiro porque a partir do momento em que eu entrei a equipe técnica toda também era de brasileiros", esclarece.




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