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Obra parada dificulta entrada em prédio

Polícia Ambiental do Estado de São Paulo embargou intervenção desde o início de junho

Por Caroline Garcia
Especial para o Diário
13/08/2012 | 07:00
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Entrar com o carro na garagem do Edifício Serra do Mar, na Rua Januário Vicente D'Ângelo, no Jardim Irajá, em São Bernardo, está cada vez mais difícil. Isso porque obra municipal que iria ligar a via à Avenida Luiz Pequini foi embargada em junho e o asfalto destruído pelas intervenções não foi reparado.

Para facilitar a entrada e saída dos carros, cascalhos foram jogados em frente ao portão da garagem. "Ninguém nos avisou que essa parte seria quebrada", disse o vendedor Luis Carlos Farina, 57 anos.

A placa da Prefeitura que há no local indica "Novo acesso para veículos e pedestres - Jardim Irajá", mas a previsão de conclusão foi coberta por tinta branca. Segundo os moradores, a obra deveria ter sido entregue no dia 12 de junho. O investimento é de cerca de R$ 4,7 milhões.

Com o terreno aberto e as obras paradas, caminhões clandestinos despejaram entulho no local. Após isso, tubos de concreto foram colocados para impedir a passagem dos veículos, mas os usuários de drogas continuam sendo vistos no espaço.

"Já ouvimos dizer que o embargo foi por causa das árvores e de uma mina de água encontrada no terreno. Mas não foi feita análise do espaço antes de começar a obra?", questionou a administradora Marisa Saurin, 52.

A síndica do edifício, Isabel Lima Barbosa, 44, procurou a Prefeitura, que informou que ela teria de conversar com o engenheiro responsável. "Só que ele nunca é encontrado ou não quer falar", afirmou. A informação que os vizinhos tem é que a Rua Januário Vicente D'Ângelo também seria transformada em mão dupla.

A Secretaria de Transportes e Vias Públicas de São Bernardo informou que a obra está embargada desde o início de junho pela Polícia Ambiental do Estado de São Paulo. A Prefeitura afirmou ainda que está providenciando "elementos para o desembargo", e que a previsão de retomada das obras é até o fim deste mês, quando também será adequado o acesso ao edifício.

Esgoto vaza em casa há quatro meses

A doméstica Olímpia Ferreira Borella, 66 anos, está proibida de utilizar um banheiro e um quarto da própria casa. Há quatro meses, o esgoto começou a retornar pelo ralo e a água suja invadiu os dois cômodos da residência, localizada na Rua Ana Guilhermina, no Parque São Diogo, em São Bernardo.

Equipes da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e da Prefeitura já foram até o local, mas, segundo os moradores, não deram nenhuma solução concreta para o problema. O aposentado Luiz Borella, 75, chegou até a instalar uma bomba para puxar o esgoto dos cômodos, mas não teve muita utilidade já que a água não parou de subir pelo ralo. "Na primeira vez foi de repente, molhou tudo. Essa água não sai da minha casa por nada", lamentou.

O casal até improvisou uma rampa de madeira para passar pelo quarto e banheiro, de forma a não pisar na água suja. "Sem contar o mau cheiro. É insuportável ficar dentro de casa e não sei mais a quem recorrer", afirmou a doméstica.

Segundo Olímpia, o filho deles procurou o Procon para entrar com processo contra a companhia. "Moro há 42 anos nessa casa e nunca passei por nada parecido."

Olímpia acha que o problema pode ter começado após a construção de um refeitório na Secretaria das Finanças, que fica atrás de seu imóvel. "O espaço é antigo, tem uns 10 anos, mas a rede deve ter sido modificada com a obra, porque a Sabesp já veio com dois tipos de mangueira, com bastante pressão, e não conseguiu encontrar a caixa de esgoto. E só agora entupiu porque mora pouca gente na vizinhança."

A Prefeitura disse que a responsabilidade nesse caso é da Sabesp, que gerencia o sistema de água e esgoto da cidade.

A companhia, por sua vez, informou que o imóvel está localizado sobre um coletor de esgoto e agendou uma visita, juntamente com a equipe da Prefeitura, para fazer a desobstrução do coletor, o que, segundo a Sabesp, resolverá o problema na casa de Olímpia e Luiz.

Instalação de tubulação deixa rua sem asfalto no Jardim Bom Pastor

Desde o começo do mês de julho, quando o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) finalizou obras de tubulação e colocação de boca de lobo na Rua Sebastião Pedroso, parte da via ficou sem asfalto, apenas com pedras e areia. O trecho afetado fica entre a Avenida Bom Pastor e o número 176.

A rua é bastante movimentada, inclusive com muitos caminhões. Quando os veículos passam, a poeira invade as casas dos moradores.

"Temos que limpar, fechar toda a casa e, mesmo assim, fica tudo cheio de pó em questão de horas. Chegamos até a jogar água na rua para tentar diminuir um pouco a poeira. Mas quando o sol está forte, fica insuportável", disse a funcionária pública estadual Rosana Mattei Ferreira, 45 anos.

Rosana registrou protocolos no Semasa, ligou três vezes e mandou e-mail. O prazo passado para a recolocação do asfalto foi de dez dias úteis. "Só que já passou mais de um mês e ainda não veio ninguém para fazer o reparo. Precisávamos mesmo da obra porque nossa rua enchia de água, mas não era para o asfalto continuar assim um mês depois. Resolvemos um problema e ficamos com outro."

O metalúrgico Mariano Borges da Silva Neto, 47, também procurou a autarquia. "Quando passei o endereço, disseram que já havia ordem de serviço aberta para o local e que eles iriam reforçar o pedido. Falaram para aguardar os mesmos dez dias úteis."

O Semasa informou que iniciará o reparo do asfalto na Rua Sebastião Pedroso ainda nesta semana e que a previsão para conclusão é de 20 dias.

Moradores temem que árvore caia sobre imóveis na Vila Mansueto

Uma árvore de grande porte no final da Rua Clovis Salgado, na Vila Mansueto, em Santo André, se tornou motivo de preocupação para os moradores. As raízes da planta estão destruindo a calçada, entraram no quintal de uma casa e o tronco está levemente inclinado. A vizinhança teme que ela caia.

"Em setembro começam as chuvas e ventos fortes. Os fios de energia elétrica vão acabar se soltando porque ficam entre os galhos da árvore", disse a aposentada Walkyria Costa Adhmann, 64 anos.

Quando a árvore é podada, o perigo diminui, mas a reivindicação dos moradores é que ela seja removida, já que o serviço de poda demora a ser realizado. Segundo a vizinhança, o último foi feito há dois anos. "Dá dó de arrancar, é uma árvore bonita, mas estamos com medo de algum acidente. Sem contar que ela já está oca por dentro, não está tão saudável assim", contou a aposentada Suely Garcia Jorge, 66.

Suely procura a Prefeitura desde março para que seja realizada a remoção da árvore. "Mas cada vez que ligo me passam datas diferentes e a equipe nunca apareceu para ver a situação", disse.

"Não somos contra as árvores na rua, mas é que pelo tamanho, ela está inadequada. Deveria estar num parque. Podia ser substituída por uma menor, para que a gente não tenha mais esse tipo de problema", falou Walkyria.

O Departamento de Parques e Áreas Verdes afirmou que foi realizada vistoria no local e não foi verificado indício de queda. A árvore, que é da espécie sibipiruna, será podada até o dia 17.




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