Márcio Bernardes Titulo
Conquista sofrida, mas merecida

No intervalo do jogo de domingo na África do Sul, quem pensou que a viola estava indo para o saco não estava errado.

Por Especial para o Diário
30/06/2009 | 00:00
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No intervalo do jogo de domingo na África do Sul, quem pensou que a viola estava indo para o saco não estava errado.

O Brasil perdia por 2 a 0, jogava mal, o meio-campo expunha a defesa aos contra-ataques e não apoiava o ataque como se esperava. Os Estados Unidos montaram a defesa que mais parecia muralha. Nossos jogadores, em vez de usar a inteligência para tentar escalar o obstáculo, chutavam sem precisão a bola para consequente e irritante rebatida.

Os norte-americanos provocaram contra a Espanha uma das grandes zebras do futebol. E estavam conseguindo confirmar uma das maiores surpresas já vistas nos últimos tempos. Ou seja, vencer o Brasil.

O gol de Luís Fabiano logo no começo do segundo tempo e a nova postura tática dos jogadores mudaram o astral e o jogo do Brasil. Teve ainda o gol do Kaká, de forma incompetente não validado pelo árbitro sueco. Está provado que a bola entrou.

Com mais consciência e atitude a seleção virou o resultado e acabou campeã da Copa das Confederações invicta. Nada mais merecido!

A FALA DA CONSCIÊNCIA

Kaká conviveu com o grupo campeão de 2002 sob o comando de Felipão. Ainda era um garoto e com isso aproveitou para ganhar experiência.

Na Alemanha, quatro anos depois, já titular, ele não pôde influir no espírito do grupo de Parreira. Tinha veteranos mais influentes como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano.

Todos sabem o que aconteceu na fase de preparação de Weggis. A quermesse armada na cidade suíça prejudicou sobremaneira a preparação e concentração dos jogadores.

Agora bem mais amadurecido, um dos líderes do grupo e titular incontestável, Kaká deu o alerta para os cuidados necessários visando a Copa do ano que vem. A receita agora é a seguinte: humildade, nada de gandaia, foco e concentração total, além de seriedade nos preparativos.

ÍDOLO DE BARRO

Vanderlei Luxemburgo sabia que havia criado várias áreas de atrito no Palestra Itália. Além de que os resultados do seu trabalho eram pífios. Para piorar, a folha de pagamento da comissão técnica era das mais altas do futebol brasileiro.

Sua declaração sobre a saída de Keirrison, denominada pelo presidente do Palmeiras como "quebra de hierarquia", antecipou o rompimento que aconteceria mais cedo ou mais tarde.

Luxemburgo é um dos maiores treinadores do mundo. Sua capacidade para arrumar encrencas por onde passa também está ficando famosa.




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