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Presos acusados pela morte de freira prestam novo depoimento na 3ª
Da Agência Brasil
14/03/2005 | 13:55
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O juiz titular da Comarca de Pacajá, Lucas do Carmo de Jesus, ouvir na manhã de terça-feira os três presos acusados de envolvimento no assassinato da missionária Dorothy Stang em Anapu (PA). Rayfran das Neves Cunha, o Fogoió, Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, e Amair Feijoli da Cunha, o Tato, serão interrogados no Complexo Penitenciário de Americano, localizado no município de Santa Izabel do Pará, região metropolitana de Belém.

Os três presos foram transferidos da penitenciária de Altamira para o presídio de segurança máxima no início deste mês. Acusado de ser o mandante do crime, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, continua foragido. Bida, Tato, Fogoió e Eduardo foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Pará como co-autores e responderão por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima). Eles podem ser condenados a penas que variam entre 12 a 30 anos de prisão, em regime fechado.

Naturalizada brasileira, a missionária foi assassinada com seis tiros na manhã do dia 12 de fevereiro, quando ia para um encontro onde seria organizado um mutirão para construção de um salão comunitário no assentamento Esperança, a 45 quilômetros de Anapu (PA). A freira, que defendia os trabalhadores rurais e lutava pela preservação do meio ambiente, morava na região há 27 anos.

Laudo do exame de balística realizado pelo Instituto de Criminalística do Centro de Perícia Científica Renato Chaves, em Belém, confirmou que o revólver calibre 38 encontrado na fazenda de Bida foi a arma usada para matar Dorotthy Stang. Na última sexta-feira (11), o delegado da Polícia Civil Waldir Freire, que conduz o inquérito sobre o caso, encaminhou o laudo ao juiz Lucas do Carmo de Jesus.

A competência sobre o caso poderá ser deslocada da Justiça do estado para a Justiça Federal, caso o STJ (Superior Tribunal de Justiça) apresente decisão favorável ao pedido de federalização das investigações e do julgamento de todos os envolvidos no crime, encaminhado pelo procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, no último dia 4. O relator é o ministro Arnaldo Esteves Lima e o pedido será julgado pela Terceira Seção do STJ. De acordo com a assessoria do tribunal, a data para o julgamento sobre a federalização ainda não foi definida, porque o STJ aguarda o envio de informações sobre o caso, que já foram solicitadas ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará.




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