"É evidente que seria desejável que tivéssemos uma segunda resolução (nas Nações Unidas)", declarou o premiê canadense na Câmara dos Comuns, em Ottawa.

Na última quinta-feira, um porta-voz de Chrétien declarou que, para ele, uma segunda resolução do Conselho não era absolutamente necessária para autorizar uma intervenção contra o Iraque.

Nesta segunda, Chrétien garantiu que a posição canadense não evoluiu. "Nós temos a mesma opinião: é preciso voltar ao Conselho de Segurança, que tratará da questão como exigem seus regulamentos", frisou.

O ministro canadense das Relações Exteriores, Bill Graham, que também foi sabatinado pelos parlamentares, insistiu para que todos os esforços possíveis sejam feitos para evitar uma guerra, mas não excluiu uma eventual participação de seu país numa coalizão internacional no caso de uma ofensiva contra o governo de Saddam Hussein.

"Nós somos ferozmente contrários à guerra, mas é preciso reconhecer também que o Conselho de Segurança impôs certas obrigações ao Iraque. É necessário que essas obrigações sejam respeitadas. Nós somos contrários à guerra", explicou.