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GP da Austrália de Fórmula 1 é cancelado devido ao coronavírus

Etapa inauguraria temporada 2020 da categoria; mecânico da McLaren teve diagnóstico positivo

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
13/03/2020 | 01:17
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Estava quase tudo pronto para o início da temporada 2020. Pilotos, mecânicos, dirigentes, equipamentos e carros já estavam em Melbourne, na Austrália, para a primeira etapa da Fórmula 1. Os dois primeiros treinos livres, inclusive, seriam hoje. Entretanto, depois de certo mistério e alguma teimosia, a organização do Grande Prêmio, junto da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e os mandatários da categoria decidiram pelo cancelamento da prova, que seria neste fim de semana. Motivo: o novo coronavírus (Covid-19), que vem causando transtornos pelo mundo.

E se a decisão frustrou fãs, por outro lado foi elogiada pelos pilotos, que exaltaram a sensatez, priorizando as condições de saúde de todos. E um motivo foi fundamental para que o martelo fosse batido: um mecânico da McLaren foi diagnosticado com o vírus, motivo que levou a escuderia inglesa a ter definido não participar do fim de semana, independentemente das demais equipes. Porém, reunião com os outros nove chefes das escuderias decretou o cancelamento.

“Essas discussões concluíram, com a opinião da maioria das equipes, que a prova não deveria ser realizada”, afirmou a F-1, em comunicado. “Sabemos que esta é uma notícia muito decepcionante para milhares de torcedores que pretendiam assistir à corrida no circuito. Todos aqueles que compraram ingressos serão reembolsados e um novo anúncio será comunicado em breve. A segurança de todos os membros da família Fórmula 1 e da comunidade em geral, assim como a justiça da competição, são as prioridades”, continuou a nota da categoria.

“Infelizmente esta é a decisão certa. Ninguém queria isso, nós todos gostaríamos de estar dentro dos carros, correndo, mas temos de ser realistas e colocar saúde e segurança em primeiro lugar. Pessoas estão morrendo todos os dias”, publicou o hexacampeão Lewis Hamilton, da Mercedes.

Grid teria apenas uma novidade entre os 20 pilotos participantes

A temporada 2020 da Fórmula 1 teria início neste fim de semana com um grid muito similar ao de 2019. Apenas dois pilotos não disputaram o campeonato no ano passado, sendo que um deles está de volta: o francês Esteban Ocon, ex-Force India, que ficou na reserva da Mercedes e agora será titular na Renault no lugar de Nico Hulkenberg. Já o outro é Nicholas Latifi, canadense da Williams. Aos 24 anos, ocupará a vaga de Robert Kubica.

As demais 18 vagas estão ocupadas por conhecidos, com destaques para o favorito Lewis Hamilton, seu companheiro Valtteri Bottas, os desafiantes Charles Leclerc, Max Verstappen e Sebastian Vettel, e outros competidores que podem aparecer como surpresa, casos de Alex Albon, Daniel Ricciardo e Carlos Sainz Jr.

Brasil segue mais um ano sem iniciar com representante entre titulares

Depois que Felipe Massa deixou a F-1, em 2017, nenhum outro brasileiro ocupou um assento entre os 20 titulares. No ano passado, Pietro Fittipaldi chegou a ser reserva da Haas, enquanto Sergio Sette Câmara desempenhou a mesma função na McLaren. Em 2020, porém, apenas o segundo está confirmado como piloto de testes das coirmãs Alpha Tauri, ex-Toro Rosso, e da Red Bull.

Aos 21 anos, Sette Câmara chega para equipe que nas duas últimas temporadas mexeu em suas duplas durante a temporada, trocando entre si e ficando com a atual formação: Versttapen e Albon na Red Bull; Kvyat e Gasly na Alpha Tauri. “Me preparei muito e estou pronto para encarar os desafios cada vez maiores que minhas funções na F-1 irão exigir”, disse, nas redes sociais. 




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