No referendo, 55% votaram pela manutençao formal da soberania britânica, representada no país por um governador geral cujas funçoes sao principalmente honorárias. Mas essa vitória dos monarquistas foi interpretada mais como uma recusa do tipo de república proposto do que como uma preferência australiana pelo atual sistema.

O plebiscito foi organizado pelo atual primeiro-ministro John Howard, monarquista, e propunha uma república com um presidente eleito por dois terços do Parlamento e nao por sufrágio universal.

Muitos republicanos disseram preferir a monarquia atual à instalaçao de uma república, que deixaria o poder exclusivamente nas maos dos políticos. O debate ainda divide a opiniao pública e causou um racha no governo conservador de John Howard quando seu ministro da Economia, Peter Costello, apoiou os republicanos.

Uma pesquisa recente mostrou que 74% da populaçao seriam favoráveis à República. Na segunda-feira, a revista Australian Financial Review descreveu a visita da rainha como ``uma vil reminiscência colonial'. A revista ainda afirma que a rainha ``era mais um símbolo de divisao do que de unidade nacional e que sem dúvida ela é apoiada por menos de um terço da populaçao'.

Dos seis Estados australianos que serao visitados pela Rainha, cinco sao governados por republicanos, mas garantem que vao recebê-la com todas as honras. Mas a calorosa recepçao popular que Elizabeth II recebeu das outras vezes que visitou o país nao deve se repetir. A Prefeitura de Sydney, por exemplo, nao planeja grandes festividades para a visita. Um porta-voz da prefeitura declarou que ``foi o governo federal que organizou essa visita, entao ele é o responsável pela recepçao'.