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Jardim Botânico de São Paulo celebra nove décadas
Daniela Pegoraro
11/11/2018 | 07:00
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Divulgação


Águas límpidas, árvores imponentes, flores dos mais diversos formatos e cores cercam caminhos tranquilos e silenciosos, abertos para curiosos e visitantes – o único som que se faz permanentemente presente é o de animais dentro da floresta e dos pássaros cantando. Pode parecer distante da rotina de quem mora na cidade, mas é no meio da selva de pedra que os 360 mil metros quadrados de área verde do Jardim Botânico de São Paulo se fazem presentes como um espaço de contato com a natureza e de preservação da mesma.

>Neste ano o Jardim Botânico completa nove décadas de existência, marcando sua presença histórica na Capital – e que, no entanto, ainda espera pela visita de muita gente. “Esse é lugar de contemplar a natureza. É uma das poucas florestas urbanas nativas do Brasil, e se torna cada vez mais importante com a atual relevância de questões ambientais” conta o diretor do Jardim Botânico, Domingos Rodrigues.

O Jardim Botânico foi construído em 1928. Anteriormente, a região de mata nativa estava sendo tomado por chacareiros, e foi quando o governo entrou em ação para desapropriar a área, visando recuperação da floresta e preservação das nascentes do Rio Ipiranga – por cerca de dez anos, as águas ainda serviram de captação para o bairro de nome homônimo.

Há 90 anos, o naturalista Frederico Carlos Hoehne foi convidado para implantar o projeto de botânica naquela região – planejamento que é mantido atualmente. O espaço conta com cerca de 380 espécies de árvores e animais, duas estufas que simulam biomas do Estado e áreas repletas de coleções botânicas para os apreciadores. O Jardim Botânico recebe cerca de 200 mil visitantes ao ano e, assim como o Instituto de Botânica, está geograficamente posicionado dentro da área do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga – popularmente conhecido como Parque do Estado. O preço para visitar o local é de R$ 10, e seu funcionamento é das 9h às 18h.

EXPOSIÇÃO
Em comemoração ao seu aniversário, o Jardim Botânico abre as portas para receber a exposição e o lançamento do livro de fotografias Reciclagem da Arte: Cultura e Natureza em Movimento, que segue para visitação por 20 dias.

Percorrendo territórios brasileiros, os produtores da Muller Cultural voltaram a atenção para a questão de descartes incorretos do lixo. Desta forma, encontraram artistas que transformavam materiais desprezados em obras de arte. “Queremos despertar nas pessoas sobre o que estamos fazendo com o lixo que produzimos, mostrar no que aquilo pode se tornar”, explica Ronny Muller, um dos autores do projeto.

Assim, passaram por diversos Estados fotografando trabalhos realizados com materiais reciclados para compôr o livro e a mostra. Quem visitar o Jardim Botânico ainda tem a possibilidade de levar um exemplar gratuitamente para casa – no entanto, são apenas 1.000 unidades disponibilizadas.




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