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Mauá entregará unidade infantil no Jd.Araguaia com um ano de atraso

Creche está prevista para abrir as portas em agosto com apenas um terço da capacidade

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
22/06/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


 Após longa espera – três anos de obras –, famílias dos bairros São Vicente e Jardim Araguaia, em Mauá, têm reacendida a esperança de conseguir matricular seus filhos na Escola Municipal Alice Túlio Jacomussi. Em obras desde 2015, a unidade de Educação Infantil está projetada para abrir as portas em agosto, ou seja, com um ano de atraso.

A princípio, a creche abrirá inscrições para apenas um terço do total de vagas previstas para o espaço. Das 350 matrículas anunciadas no projeto, somente 120 estarão disponíveis para o segundo semestre deste ano, conforme a administração municipal.

Orçada em R$ 5 milhões, verba proveniente do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), no âmbito do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2, a unidade ocupará espaço de 3.500 metros quadrados em área situada na Rua Vitório Goz, esquina com a Rua Napoleão Zambelli. Serão atendidas na creche crianças de zero a 3 anos.

A construção – que recebeu o nome da avó do prefeito afastado, Atila Jacomussi (PSB) –, atende a pedido feito pela própria comunidade que, atualmente, não conta com nenhuma creche municipal. “Eles chegaram a cogitar a construção de uma praça aqui, mas hoje precisamos nos deslocar até a Vila Assis para chegar na creche mais próxima. Além de longe, o valor da van escolar (média de R$ 250) é inviável para nós”, relata a autônoma Sirlei Fernandes, 32 anos.

Segundo moradores, a Prefeitura de Mauá até chegou a improvisar a construção de uma sala na Escola Municipal José Rezende da Silva, no Parque São Vicente, para atender a demanda de crianças fora da creche. A unidade, responsável por abrigar cerca de 400 alunos da pré-escola e do Ensino Fundamental 1 (1º ao 5º ano), não conseguiu suprir a necessidade das famílias dos dois bairros.

“Tentei inscrever meu filho lá (Escola Municipal José Rezende da Silva) e não consegui vaga. No início do ano, falaram para eu voltar em outubro”, desabafa a dona de casa Talita Pereira, 28.

Mãe do pequeno Nicolas, de 7 meses, Talita vê com esperança a possível abertura da unidade escolar, situada a apenas um quarteirão da sua casa. “Desde que meu filho nasceu tive de abandonar meu emprego, por não ter com quem deixar ele. Desde então, estou nessa angústia, pois preciso trabalhar”, diz.

Questionada pelo Diário sobre o atraso na construção da unidade, a Prefeitura de Mauá não retornou aos contatos até o fechamento desta edição.




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