Material que despencou por pouco não atingiu professora que iria começar aula de Português
Parte do forro e do telhado de uma das salas de aula do bloco 3 da Etec (Escola Técnica Estadual) Lauro Gomes, em São Bernardo, desabou na manhã de ontem. Por muito pouco a professora de Línguas e Literatura do 3º ano do Ensino Médio não foi atingida por tijolos que também despencaram do teto. Os cerca de 40 alunos tinham acabado de entrar para assistir a segunda aula do dia.
Ninguém ficou ferido, segundo o Centro Paula Souza, autarquia do governo do Estado vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, além de mantenedora da Etec.
De acordo com relatos de alunos e funcionários, que não serão identificados a pedidos, o incidente ocorreu às 7h50, na sala 359, do bloco 3, exatamente na troca da primeira para a segunda aulas. Nessa unidade de ensino, os estudantes é que mudam de salas e os professores permanecem nos locais, mais conhecidas como salas ambiente.
"Apenas deu tempo da professora nos recepcionar e, de repente, o teto despencou na parte da frente, exatamente onde ela estava", disse uma aluna. E outro acrescentou: "Além do forro, das telhas e dos tijolos, caíram penas e sujeiras de pombos que costumam andar pelo telhado".
Os tijolos baianos, segundo os alunos, foram colocados sobre o telhado para evitar a entrada de pombos, o que é comum entre o forro de PVC e as telhas de amianto. O barulho da queda de materiais pôde ser ouvido por outros professores de salas vizinhas, que se deslocaram ao local.
A equipe do Diário esteve na unidade à tarde, na hora do intervalo dos alunos. Sem nenhum impedimento, andou tranquilamente pelo unidade de ensino estadual. Tanto a sala 359 quanto a 360 foram interditadas pela equipe de infraestrutura do centro. Os espaços permanecerão fechados "preventivamente, até que seja concluída intervenção no telhado", segundo o centro, que não deu mais detalhes do acidente nem a data da última manutenção. Um boletim de ocorrência foi registrado por grupo de alunos, junto de uma das mães.
"Não é de hoje que eles reclamam que o forro movimenta e que as salas inundam em dias de chuva", afirmou a dona de casa Roseli Domingues. Procurada, a direção da escola disse que o Centro Paula Souza seria o responsável para repassar as informações ao jornal.
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