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Israel diz que pretende continuar com ataques
Por Da AFP
08/03/2004 | 10:39
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O governo israelense informou nesta segunda-feira que está disposto a continuar com seus ataques contra os grupos armados palestinos, um dia depois de ter iniciado um sangrento ataque contra dois acampamentos de refugiados na Faixa de Gaza. Além disso, os soldados israelenses mataram mais um menor de idade ao sul da região.

Khaled Madi, palestino de 16 anos, foi morto pelos soldados israelenses perto da colônia de Morag, no sul da Faixa de Gaza, segundo uma fonte médica e testemunhas. No domingo, 14 palestinos, incluindo três crianças, foram mortos durante um ataque aos acampamentos de refugiados de Burreij e Nusseirat, no centro da Faixa de Gaza.

O vice-ministro israelense da Defesa, Zeev Boim, rebateu as acusações de matança feitas pelos palestinos. Ele afirmou que nove dos mortos eram combatentes armados do Hamas e outros dois do Fatah. Boim declarou à radio pública que há vários meses o país enfrenta uma situação que inclui a média de 50 alertas diários de atentados planejados pelas organizações palestinas armadas. Para o vice-ministro, a única maneira de evitar os ataques é prosseguir com as operações contra esses grupos.

O chefe do Estado-Maior de Israel, o general Mosheh Yaalon, disse que os civis palestinos atingidos durante a operação na Faixa de Gaza foram vítimas de disparos palestinos e não das forças israelenses. "Nós não permitimos que nossos soldados apontem contra as crianças ou as mulheres", afirmou.

Por outro lado, o general Yaalon acusou o Irã de ter financiado um atentado suicida palestino que deveria ter acontecido no centro de Jerusalém durante a festa judaica do Purim. O ataque teria sido evitado no sábado em Ramallah pelo exército israelense.

O exército israelense também informou que prendeu dois militantes palestinos na noite de domingo na Cisjordânia. Um foguete de fabricação caseira do tipo Qassam, disparado a partir da Faixa de Gaza, caiu em um campo próximo à cidade de Neguev (sul de Israel), sem provocar vítimas.

Outros incidentes foram registrados na manhã desta segunda-feira em Beit Dugo, um pequeno povoado da Cisjordânia ao noroeste de Jerusalém onde o exército iniciou em fevereiro a construção de um novo trecho do muro de separação. Quase 300 palestinos, acompanhados por voluntários estrangeiros, impediram o trabalho das escavadeiras, antes de serem dispersados pelos guardas de fronteira, que utilizaram bombas de gás lacrimogêneo e granadas.




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