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Semana de 22 é lembrada em série de programas na TV
Everaldo Fioravante
Do Diário do Grande ABC
09/02/2003 | 18:29
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Por conta dos 80 anos da Semana de 22, completados em fevereiro do ano passado, vários eventos foram realizados ao longo de 2002 para celebrar a euforia revolucionária modernista, fenômeno nascido em São Paulo que deixou suas marcas em boa parcela da produção artística nacional posterior.

Agora é vez de mais um aniversário do evento, mas como a data não é redonda as atrações não devem atingir os patamares a que chegaram no último ano. Porém, esta efeméride está longe de passar em branco: a TV Cultura dedica-se diariamente, desta segunda a sábado, a revelar alguns dos personagens e das idéias modernistas.

Nesta segunda, a partir das 22h, o Metrópolis exibe reportagem sobre a importância do movimento modernista para o desenvolvimento da cultura nacional. Para isso, dá voz a artistas contemporâneos do país.

De terça-feira até sábado, a emissora exibe documentários sobre o tema, começando por Semana de Arte Moderna, às 22h30 de terça. O programa faz um panorama da Semana de 22 e conta com depoimentos do escritor Menotti del Picchia, um dos participantes do evento.

Miramar de Andrade, atração de quarta-feira às 22h30, trata de um dos líderes e ícone do movimento modernista brasileiro, Oswald de Andrade. Na quinta-feira (22h30) o assunto é Victor Brecheret, mestre da escultura brasileira que assina obras como o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, em São Paulo.

O tema de sexta (22h30) é o compositor e maestro Heitor Villa-Lobos, mais uma figura do modernismo brasileiro que será lembrada em Bachianas Brasileiras: Meu Nome É Villa-Lobos.

Sábado, o programa é triplo. Mário de Andrade, outro dos que encabeçaram a Semana de 22, não seria esquecido. O documentário que leva o nome do escritor será exibido às 21h. No mesmo dia também passa São Paulo de Juó Bananere, sobre o personagem criado por Alexandre Marcondes Machado e que se tornou um cronista popular nos anos 20. Para encerrar a série, na seqüência vem Pagú, sobre Patrícia Galvão, tida como a musa da poesia surrealista brasileira.

Organizada por artistas e intelectuais, a Semana de Arte Moderna aconteceu nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro no Theatro Municipal de São Paulo. Uma das idéias defendidas era a integração de tendências européias de vanguarda (sem as reproduzir) com elementos da cultura nacional, visando a criação de uma nova estética. Esse processo ficou conhecido como antropofagia.




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