Segundo Silva, Celso Daniel viu seu rosto durante a troca de carros realizada na favela Pantanal, na divisa de Diadema com São Paulo, e na chegada ao cativeiro, em Juquitiba.
Em depoimento à polícia, Silva disse que retirou o prefeito do cativeiro e o levou para uma estrada deserta, onde ordenou que o menor L.S.N., 17 anos, atirasse contra ele. O criminoso afirmou que quando a quadrilha soube que o refém era um prefeito, ele recebeu uma ordem de seus comparsas para assassiná-lo.
Outras vítimas - O cativeiro descoberto localizado em Juquitiba também foi utilizado no seqüestro do cabeleireiro e travesti Adi Ferreira da Silva, 37 anos, segundo José Edson. O menor matou o cabeleireiro a mando de José Edson da Silva, a exemplo do que aconteceu com o prefeito.
Segundo Silva, ele e o menor – que confessou a autoria dos disparos que mataram Celso Daniel – seqüestraram Adi e o também travesti Hudson Mendes no dia 4 de janeiro. Ambos foram levados para a mesma chácara que o prefeito ficou, em Juquitiba.
Hudson conseguiu fugir e Adi, que não tinha dinheiro para pagar o resgate – fechado em R$ 3 mil -, foi morto. Seu corpo foi colocado no porta-malas do Tempra de Edson, o mesmo carro que levou Celso Daniel para o local em que foi assassinado.
Suicídio - Silva ameaçou se suicidar nesta quinta-feira, quando saiu do Deic para diligências com a polícia. Ele deu várias cabeçadas no chão da cela e tentou se enforcar com as próprias mãos, mas teve apenas ferimentos leves.
Já o menor foi transferido para a Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) depois do depoimento. Ele responderá pelo assassinato do prefeito na Vara da Infância e Juventude.
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