A fácil vitória do Palmeiras em cima do Uberaba (4 a 0, ontem à noite, no Estádio João Guido, em Minas Gerais) eliminou o duelo de volta pela Copa do Brasil. Os gols de Luan e Kleber (dois cada) asseguraram a classificação à segunda fase.

Desde o início, só deu Palmeiras no lamaçal em que se tranformou o gramado. As chuvas foram tão intensas que os paulistas chegaram a pedir o adiamento do jogo. Apesar de tudo, os visitantes logo esqueceram dos problemas que impediam a bola de rolar normalmente. Mesmo assim, o time de Luiz Felipe Scolari soube ditar a superioridade.

Aos 11 minutos, Luan - o melhor em campo e o ponto de referência do veloz esquema alviverde - abriu a contagem ao subir mais do que a zaga descuidada para, de cabeça, concluir a cobrança do escanteio.

Era só o começo do que viria. Aos 13, surgiu uma das raras ameaças do Uberaba no desvio de Marcinho na frente do goleiro Deola. Aos 19, Kleber, sempre combativo nos lances de área, quase ampliou. Aos 21, Luan, que insistia nas verticais pela esquerda, chegou lá ao completar o passe perfeito de Kleber - 2 a 0.

Aos 30, Kleber levaria perigo novamente. Aos 35, Marcinho mandou a bola na trave do Palmeiras. Aos 42, Kleber aumentaria o tamanho do placar ao arriscar o chute da intermediária - 3 a 0, no canto direito do goleiro Fernando, para desespero dos instáveis derrotados.

Na segunda fase, as imagens praticamente não se alteraram. O Palmeiras manteve o dominio sem dificuldade ao atacar, defender e matar os contragolpes do limitadíssimo adversário.

As imagens estavam bem previsíveis nos lançamentos em cima de Luan ou nas constantes inversões entre os homens do meio. Valdivia se oferecia no trabalho de ligação para municiar Kleber que, aos oito, livre, iria perder a chance de antecipar a goleada no levantamento do chileno.

Aos 16, o persistente Kleber reprisaria o desperdício. Aos 17, o placar teria sido mais amplo se o tiro de Luan, ousado nas arrancadas, não tivesse parado na trave do Uberaba.

Aos 46, Kleber, de cabeça, carimbou o massacre - 4 a 0.

Felipão pode voltar ao futebol português

Dois candidatos à presidência do Sporting Lisboa têm, ao menos, um ponto em comum: o nome do técnico que ambos pretendem ver à frente da equipe caso eleitos. Na edição de ontem, o diário O Jogo noticiou que tanto Sergio Abrantes Mendes quanto Godinho Lopes prometem levar o treinador palmeirense Luiz Felipe Scolari de volta ao país na próxima temporada.

O jornal luso ainda revelou que as negociações de um e de outro lado já estariam adiantadas. Isso explicaria o recente gesto de Felipão, que ameaçou largar o Palmeiras para fugir das pressões de alguns torcedores mais exaltados. Godinho acredita que poderá anunciar o desfecho positivo talvez amanhã.

Em 2006, Scolari comandou a seleção portuguesa durante a Copa do Mundo na Alemanha - terminou em quarto lugar. Lá, ele é tido como espécie de unanimidade.

Apesar dos recentes conflitos, Scolari sentiu o apoio dos fãs que o recepcionaram em Uberaba. Pelo menos 40 adolescentes compareceram ao hotel em que a delegação estava hospedada. O goleiro Deola, o meia Valdivia e o atacante Kleber também sentiram o assédio.

Flamengo, Atlético-PR e Náutico se garantem na próxima fase

Nos jogos de ontem, válidos pela segunda fase da Copa do Brasil, o Flamengo foi ao Ceará e venceu o Fortaleza por 3 a 0. Com o resultado, eliminou a partida de volta e já se credenciou para as oitavas de final.

Com dois gols de Nieto, o Atlético-PR venceu o Paulista por 2 a 0 no Jaime Cintra, em Jundiaí, e também evitou o jogo de volta, em Curitiba.

Quem também já está garantido é o Náutico. O clube pernambucano foi até o Rio de Janeiro e aplicou 2 a 0 no Bangu.

Em Minas Gerais, o Ipatinga saiu na frente com Pedro Paulo, ainda no primeiro tempo. Mas o Avaí conseguiu o empate com Rafael Coelho, aos 43 minutos da segunda etapa.

No Distrito Federal, o Brasiliense levou sufoco mesmo em casa, mas conseguiu segurar o Ceará e arrancou empate sem gols.

Na Paraíba, o Botafogo local foi derrotado pela contagem mínima pelo Caxias. O gol foi marcado pelo experiente Marcelo Ramos. Fernando Cappelli