O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, reafirmou na tarde deste sábado que colocou a Polícia Federal à disposição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para investigar a morte do juiz corregedor Antonio José Dias Machado, executado em uma emboscada, em Presidente Prudente. A polícia investiga o envolvimento do crime organizado — inclusive de Fernandinho Beira-Mar — no caso.

O ministro da Justiça negou que haja uma comprovação sobre a ligação de Beira-Mar com o crime. Thomaz Bastos afirmou, no entanto, que o traficante cumprirá pena pelo assassinato, se Beira-Mar tiver participação. “Responderemos com toda a força a esse caso”, afirmou.

Segundo o ministro, mesmo com a possibilidade de que Beira-Mar tenha envolvimento com a morte do juiz, o traficante sairá de Presidente Bernardes, ao se encerrar os 30 dias de permanência, como ficou confirmado com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Thomaz Bastos disse ainda que o crime organizado está vigente há muito tempo no país, isentando-se, deste modo, da culpa total do governo de Lula pela situação de alerta no Rio de Janeiro. “O crime organizado já tomou espaço há muito tempo no Brasil”, declarou.

Pela manhã, o ministro descartou a possibilidade de que o assassinato do juiz possa assustar outros magistrados no exercício de suas funções. “Não acredito que este fato diminua a luta contra o crime organizado”, afirmou. “Estamos correndo o risco de sermos sitiados e perdemos essa guerra. Mas o governo federal está tomando as medidas necessárias e demonstrando reação”, afirmou, em entrevista à Rádio Globo.