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Maior procura por aviação anima setor
25/07/2010 | 07:04
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Enquanto países desenvolvidos tentam contornar a fraca procura por passagens aéreas, a aviação no Brasil vem apresentando crescimento vigoroso. E o setor espera mais. De olho no potencial deste mercado, que deve avançar perto de 20% nas rotas domésticas em 2010, as companhias aéreas voltaram a fazer captações, a investir na compra de aeronaves e a lançar rotas. As contratações de tripulantes também aumentaram e empresas que antes se dedicavam exclusivamente à aviação executiva querem alçar voos na comercial.

A confiança das empresas brasileiras de que o setor aéreo só tende a crescer tem incentivado a compra de aeronaves. A TAM inaugurou este movimento em junho ao encomendar 25 aviões da Airbus, em negócio de quase US$ 3 bilhões, considerando os preços de tabela. As aeronaves, que chegam entre 2014 e 2016, substituirão modelos antigos. Com isso, a frota da TAM fechará 2010 com 148 aviões, contra 132 unidades no ano passado.

Contudo, o presidente do Instituto Cepta e professor da Escola Politécnica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Respício do Espírito Santo Junior, ressalva que, diferentemente do que vem ocorrendo lá fora, há no Brasil crescimento real da frota, já que as companhias de menor porte têm adicionado aviões à sua malha. "Esta é uma das comprovações de que as empresas aéreas enxergam potencial muito grande no mercado doméstico", opina.

Trip e Azul Linhas Aéreas, por exemplo, surpreenderam nesta semana ao anunciar novas encomendas. No primeiro caso, a compra foi de dois jatos Embraer 190, de 106 lugares, no valor de US$ 80 milhões. Já a Azul aproveitou sobra de produção da Embraer para levar mais cinco jatos 195, de 118 assentos, transação que soma US$ 200 milhões a preço de tabela. A empresa já havia pedido outras 76 aeronaves à Embraer.

A maior surpresa, no entanto, foi a inclusão de modelos da franco-italiana ATR à frota, antes formada exclusivamente por modelos da Embraer. A Azul comprou 40 unidades da fabricante estrangeira, sendo 20 ofertas firmes e 20 opções, em transação estimada em US$ 850 milhões.

Atenta às perspectivas positivas para a aviação regional, no final de 2009 a TAM anunciou a compra da Pantanal e avalia, agora, se amplia a frota da subsidiária com modelos da ATR ou da Embraer.

A aviação regional comercial está, inclusive, atraindo novos players. A Laguna, empresa que nasceu como táxi aéreo, quer iniciar em dezembro o transporte regular de passageiros. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) já expediu a autorização para a prestação deste serviço.




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