A organizaçao armada basca enviou, desde a retomada de seus atentados com carros-bomba, cerca de 50 cartas em euskera (idioma basco), com um resumo em espanhol, a chefes de empresas, para exigir o pagamento de quantias de 10 a 25 milhoes de pesetas (de US$ 60 mil a US$ 150 mil), afirmou uma fonte.
``Já passaram dois anos desde que recebeu a petiçao do ETA, sem que tenha feito nenhum esforço para pagar a dívida', afirma a carta da organizaçao armada, cuja cópia foi publicada no jornal La Razón, de Madri.
``O fizemos saber que o senhor e seus bens sao considerados, a partir de agora, objetivo da ETA, que decidirá quando e como atuar. Somente o pagamento da dívida que tem conosco reverterá nossa decisao', conclui a mensagem.
Em numerosas ocasioes, nos últimos anos, a organizaçao separatista lançou campanhas de extorsao com o objetivo de exigir das empresas um ``imposto revolucionário' para financiar suas atividades clandestinas.
A ETA realizou três atentados com carro-bomba desde que rompeu a trégua, no início de dezembro. Os dois primeiros ataques reivindicados pela organizaçao provocaram a morte do tenente-coronel Pedro Antonio Blanco, dia 21 de janeiro, em Madri, e do secretário-geral do Partido Socialista da província basca de Alava, Fernando Buesa e seu guarda-costas, Jorge Diez, dia 22 de fevereiro, em Vitoria.
A polícia também atribui ao ETA o atentado que feriu sete pessoas em San Sebastián (País Basco), no último dia seis de março, quando um carro-bomba explodiu no momento em que uma patrulha da guarda civil passava pelo local.
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