Completando 90 anos de história no País, a Ford comemora os resultados de vendas alcançados no mercado interno no primeiro semestre com o crescimento de 12,3% em relação ao mesmo período do ano passado, alta superior à média do setor, de 2,4%. Em participação das vendas do setor, a montadora ganhou 0,9 ponto percentual, passando para 10,6%, ou 185 mil unidades.

"Apesar da queda das exportações de cerca de 47% observada no semestre passado, a reação do mercado interno foi muito positiva e atenuou os efeitos da crise. Podemos considerar que é o maior crescimento da Ford nos últimos anos", avaliou o presidente da Ford no Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira.

De acordo com o executivo, as previsões de vendas do mercado interno de automóveis, como um todo no País, são de 3,050 milhões a 3,100 milhões de veículos, o que representaria avanço de 9,9% em relação a 2008. "Estamos projetando um crescimento maior do que o esperado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que prevê vendas de 3 milhões de unidades e cerca de 6,4% de crescimento em comparação com o ano passado", considerou.

A Ford se mostra otimista com o futuro e considera que o mercado mundial apresenta sinais de recuperação. "Temos como meta voltar à lucratividade em 2011 e acreditamos que, no ano que vem, a economia brasileira irá praticar taxas de juros menores e haverá uma maior oferta de crédito", disse Oliveira.

O executivo destacou ainda que as ações acertadas da companhia, como a boa estratégia de preços, permitiu que a Ford só tivesse queda de 7% na produção. "O restante do mercado teve declínio de 13%", afirmou.

O presidente da Ford também não teme o fim da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), pois aposta na queda dos custos de financiamento e no reaquecimento econômico para manter as vendas em alta. "Acreditamos que 2010 seja ainda melhor do que este ano", avaliou.

Apesar da melhora de vendas no mercado interno, o executivo da Ford disse que não haverá contratações pela companhia nos próximos seis meses. A montadora prevê que haverá queda na produção nacional de até 0,5% sobre 2008, com a fabricação entre 3,1 milhões e 3,2 milhões de unidades (em 2008 foram 3,22 milhões), acima dos 3,05 milhões previstos pela Anfavea.