``É essencial preservar a aliança Japao-EUA, a mais forte relaçao bilateral na Asia', disse Cohen.
A questao que está esquentando os ânimos entre os dois países, seria a presença de 47 mil soldados americanos no país, fato que gera um grande gasto financeira.
Apesar de o Japao nao questionar tal aliança, gostaria de consagrar menos fundos a ela, para limitar a marcada degradaçao de suas finanças públicas.
O governo do Japao pediu aos Estados Unidos que baixem a contribuiçao que tem que pagar por gastos de aquartelamento dos 47 mil soldados, dos quais dois terços estao na ilha de Okinawa.
Tóquio paga atualmente o salário de 25 mil japoneses que trabalham nessas bases, como também as contas da energia elétrica, gás, água e parte dos gastos de transporte das tropas americanas.
Tudo isso significa um gasto de 275,64 bilhoes de ienes (R$ 2,6 bilhoes) durante o ano fiscal que termina no final de março.
Este orçamento é muito maior que os semelhantes da Coréia Sul ou Alemanha, dos países nos quais também estao estacionadas tropas americanas.
Mas os Estados Unidos nao parecem dispostos a ouvir as alegaçoes de seu aliado a respeito disso. Cohen acha que o assunto nao deveria ser abordado de um ponto de vista estritamente econômico e recordou que esta participaçao ``faz parte das obrigaçoes japonesas em virtude dos acordos bilaterais de segurança'.
O secretário americano prevê que uma reduçao da participaçao japonesa poderia afetar o compromisso dos Estados Unidos.
Seja qual for a decisao de Tóquio, os ``Estados Unidos temem que o debate iniciado em torno do problema provoque uma onda de nacionalismo no Japao, segundo um cientista social.
Esta hipótese seria reforçada se levar em conta que o político do momento no Japao é o novo governador de Tóquio, Shintaro Ushibara, considerado ``durao' e que baseou seu sucesso eleitoral pedindo que uma grande base americana nos arredores da capital passe para o controle japonês.
Resta agora ver o resultado da prova a que será submetida a cooperaçao Japao-EUA quando for transferida uma base aérea e seus correspondentes problemas sonoros para uma localidade ao norte da ilha, apesar da grande hostilidade de seus moradores.
Este delicado assunto foi tema dominante durante a visita, quinta e sexta-feira, de William Cohen, que se desenvolveu num contexto de ``guerra oral nas relaçoes nipo-americanas', segundo o influente diário Asahi.
Esta relaçao ``é mais importante que nunca', por causa dos muitos focos regionais de tensao, como Coréia do Norte, China ou Taiwan.
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