Uma nova onda de frio a poucos dias da chegada do inverno voltou a pôr em xeque a situação energética argentina, e obrigou a cortar o abastecimento de gás a fornecedores e limitar o envio a indústrias de Buenos Aires e a sua periferia para priorizar o abastecimento residencial.

Segundo Cristian Folgar, secretário de energia, "é muito mais rápido restringir o serviço e retomá-lo nas indústrias e muito mais difícil em um edifício".

"Em conseqüência das baixas temperaturas, os consumos residenciais, comércios e indústrias aumentam", disse Folgar destacando que os maiores problemas são registrados nas zonas de maior concentração de usuários.

As companhias distribuidoras de gás cortaram na sexta-feira o abastecimento de combustível a fornecedores e limitaram seu envio a indústrias para garantir o abastecimento a residências.

Durante a noite, também foi cortado o fornecimento de eletricidade para empresas durante seis horas.

A medida foi tomada devido ao aumento da demanda energética. A nova onda de frio polar refletiu a fragilidade do sistema, que necessita de maiores investimentos para expandir a demanda, segundo especialistas do setor.

A suspensão total do abastecimento de Gás Natural Comprimido (GMC), um combustível mais econômico que a gasolina, acarretou neste sábado uma notória diminuição de táxis circulando pela capital argentina, já que 80% da frota de táxis funcionam a GMC.

Gustavo Pedace, diretor de uma das distribuidoras de gás do país disse que a normalização do abastecimento "depende muitíssimo de como estiver a temperatura". A previsão é de frio intenso para os próximos dias.

A poucos dias do início do inverno no Hemisfério Sul, Buenos Aires e sua periferia tem temperaturas mínimas de 1°C. Para os próximos dias, a previsão do tempo alerta para geadas e temperaturas mínimas abaixo de zero.