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Arrecadação de IPTU cai no governo Leonel Damo
Por Mark Ribeiro
do Diário do Grande ABC
14/10/2011 | 07:27
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A evolução do recolhimento do Imposto Predial e Territorial Urbano pela Prefeitura de Mauá foi bruscamente interrompida em 2006, quando o ex-prefeito Leonel Damo (ex-PV, atual PMDB) concluiu o primeiro ano de sua segunda gestão à frente do Executivo (a primeira foi entre 1983 e 1988).

Após imbróglio judicial provocado pela exposição Túnel do Tempo (que culminou na cassação do registro de candidatura do então prefeiturável pelo PT em 2004, Márcio Chaves Pires), Damo foi declarado vencedor da eleição em dezembro de 2005. Nos 11 meses anteriores, Mauá foi governada interinamente por Diniz Lopes, que havia sido escolhido pelos vereadores como o presidente da Câmara para o biênio 2005/2006.

No período em que chefiou a cidade, a gestão Diniz bateu recorde de arrecadação de IPTU, com R$ 48,7 milhões. Em 2006, no entanto, ocorreu drástica queda de R$ 18,23 milhões no recolhimento do tributo, que passou para R$ 30,46 milhões (veja arte ao lado).

O levantamento, que mostra a evolução da arrecadação de IPTU na década passada, indica que o rombo na dívida ativa de Mauá no governo Damo pode ter sido muito maior que os R$ 755 mil detalhados em reportagem publicada pelo Diário domingo - somadas desapropriações ilegais, a lesão aos cofres municipais chegou a R$ 1,9 milhão somente em 2008.

Nos exercícios seguintes (2007 e 2008), o recolhimento de IPTU voltou a evoluir, mesmo que timidamente - com R$ 34,4 milhões e R$ 36,5 milhões. A arrecadação do imposto só voltou a superar a casa dos R$ 40 milhões em 2009, já no governo do prefeito Oswaldo Dias (PT). Apesar da retomada, a administração petista ainda não conseguiu superar os números da gestão interina de Diniz.

Leonel Damo não foi encontrado pelo Diário para comentar o assunto.

Salto - Mesmo com a queda de R$ 18,3 milhões com relação ao ano anterior, a arrecadação de IPTU em 2006 foi proporcionalmente maior que a média no triênio 2001 a 2003, quando o recolhimento do tributo, na segunda administração de Oswaldo Dias, variou entre R$ 18,7 milhões e R$ 26,4 milhões.

O petista deixou a Prefeitura em 2004 arrecadando R$ 41,3 milhões. O salto de R$ 14,9 milhões comparado ao exercício anterior foi o maior da década passada. A Prefeitura não informou o que motivou a majoração no período.




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