Pesquisa realizada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) sobre hábitos de viagem dos ciclistas que utilizam os bicicletários próximos às estações revelou que 97,22% deles utilizam a bicicleta para acessar os trens e, assim, se deslocar até o trabalho.

Entre os pesquisados estão os usuários do estacionamento de bicicletas ao lado da estação ferroviária de Mauá. O espaço, mantido pela Ascobike (Associação dos Condutores de Bicicletas), é o maior entre os 12 bicicletários da CPTM, com 1.700 vagas.

Para se ter uma idéia, o segundo maior estacionamento de bicicletas fica na estação USP Leste, na Capital, e oferece 270 vagas.

O levantamento da CPTM mostrou também que 97% dos usuários dos bicicletários são também passageiros dos trens. Além dos ciclistas de Mauá, foram entrevistados também pessoas de outras regiões de São Paulo nos bicicletários das estações Itapevi, Ermelino Matarazzo, Caieiras, Grajaú e Interlagos.

O diferente perfil dos entrevistados, moradores de regiões com características diferentes, apontou a Capital como zona de emprego predominante de quem usa a bicicleta como transporte intermediário entre o trem e o trabalho.

O estudo apontou também as principais dificuldades que os ciclistas enfrentam até chegar às estações de trem.

Nesse quesito aparecem o conflito com os motoristas, a falta de sinalização específica para condutor de bicicleta, além da falta de rotas seguras, como as ciclovias ou faixas específicas nas ruas para quem usa bicicletas.

A CPTM aponta a necessidade de campanhas de treinamento para a população a fim de conscientizar motoristas sobre o uso compartilhado do sistema viário.