Os trabalhadores do metrô de Buenos Aires vão paralisar suas atividades entre esta quinta-feira e sábado, período durante o qual o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, estará no país. Eles temem um atentado como o ocorrido em Madri, em 11 de março de 2004, e Londres, em 7 de julho deste ano.

A inesperada medida sindical foi anunciada na quarta-feira pelos delegados do pessoal das cinco linhas do metrô portenho, motivo pelo qual a empresa Subterráneos de Buenos Aires estuda a possibilidade de organizar um serviço reduzido, revelaram fontes da operadora.

"Os companheiros têm medo de um atentado. Se aconteceu na Espanha, também pode acontecer aqui, e ninguém nos dá segurança", explicou o sindicalista Néstor Segovia. Ele esclareceu que "não se trata de uma paralisação, nem de uma medida política, mas sim que os trabalhadores têm medo de um atentado". "Tememos por nós e pelos usuários".

Os delegados disseram que os funcionários vão se apresentar em seus locais de trabalho, mas não vão desenvolver atividades. O anúncio coincide com a profusa circulação de e-mails anônimos na Argentina, que recomendam a não utilização do metrô durante a Cúpula das Américas.

Na quarta, um prédio da capital argentina, onde há até três anos funcionava o escritório local da CIA (agência de inteligência norte-americana), foi desalojado por uma ameaça de bomba que era falsa.