Economia Titulo Carreira
Oportunidades no Grande ABC
Por Lucas Nogueira
Diretor de recrutamento Robert Half
18/09/2018 | 07:26
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1 – Quais áreas têm mais chances de trabalho na região?

O setor que mais contratou no primeiro semestre deste ano foi o de bens de capital (máquinas, equipamentos, instalações e produção), responsável por 29% das contratações, seguido pelas áreas de logística (24%), serviços (13%) e automotiva (12%). O Grande ABC e a Baixada Santista acompanham, ainda que de maneira tímida, a retomada do mercado. No entanto, em 2017 a demanda de contratação nessas regiões cresceu 30% e, nos seis primeiros meses de 2018, apresentou evolução de 50%. Foi, inclusive, em razão desse cenário positivo que a Robert Half viu a necessidade de estar mais próxima das empresas e dos profissionais dessas regiões e, em julho, inaugurou escritório em São Bernardo.


2 – Qual o perfil de profissionais que mais está sendo buscado para essas áreas?

Além das qualificações técnicas particulares de cada vaga, as empresas estão valorizando profissionais com inglês fluente, flexíveis a possíveis mudanças, e que tenham foco em resultado e na solução de problemas. Por isso, se está em busca de movimentação ou recolocação, tenha atenção para desenvolver essas habilidades comportamentais e estude, além de se manter atualizado quanto aos assuntos relacionados à sua área de atuação.


3 – Há diferença salarial entre São Paulo e o Grande ABC?

Depende muito do segmento e do tamanho da empresa. Nas vagas que trabalhamos na Robert Half, que são cargos a partir de analistas, não temos visto muita diferença. Por exemplo, para os cargos de coordenação e gerência, que estão bem requisitados ultimamente, percebemos a mesma faixa salarial que as vagas praticadas em São Paulo. Independentemente disso, não aconselho colocar o salário no topo de suas exigências na busca por uma vaga. Opte por avaliar o todo da oportunidade. Inclusive, esse tem sido o comportamento de grande parte dos profissionais brasileiros. De acordo com a quinta edição do Índice de Confiança Robert Half, 43% dos entrevistados preferem trabalhar em uma empresa que ofereça possibilidade de crescimento, enquanto que 22% dão mais importância ao salário ofertado.


4 – Formei-me há dois anos e estou em dúvida se devo aperfeiçoar meu inglês ou iniciar a pós-graduação ou MBA. O que é melhor nesse momento para conquistar novo emprego?

Sem dúvida aperfeiçoe seu inglês, pois ele é muito requisitado no mercado de trabalho e, muitas vezes, decisivo no desempate de candidatos que concorrem a uma vaga. A fluência é demandada não só nas multinacionais, que têm grande presença no mercado do Grande ABC, como também em empresas que estabelecem diferentes relações de parceria com companhias de outros países. Quanto ao nível de fluência, o desejado é que o profissional tenha capacidade para estabelecer conversas sobre o negócio ou, até mesmo, conduzir uma reunião.


5 – Estou participando de dois processos seletivos distintos: um em São Paulo, com mais flexibilidade de horário, e possibilidade de fazer home office algumas vezes ao mês; o outro é no Grande ABC (onde moro), porém, mais engessado e sem flexibilidade. O que é mais indicado na sua opinião?

É difícil opinar porque muitos outros critérios devem ser levados em consideração além da flexibilidade, como oportunidade de carreira que a empresa oferece, benefícios e salário, entre outros. Mas focando nesse ponto que você comentou sobre flexibilidade, depende muito do seu perfil pessoal e profissional. Morar mais perto do trabalho é ótimo e desejo de muitos profissionais, mas não adianta trabalhar em uma empresa próximo à sua casa se um ambiente mais engessado te incomoda e não seria o ideal para você. Reflita e coloque na balança os lados positivo e negativo de ambas as vagas. Só assim irá conseguir chegar em uma conclusão boa para você.


Envie dúvidas e sugestões para o e-mail soraiapedrozo@dgabc.com.br 




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