Política Titulo Pré-candidato a deputado
Filiado ao DEM, aliado de Auricchio, Kim pede impeachment de tucano

Líder do MBL protocola pedido para cassar prefeito de São Caetano

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
05/07/2018 | 07:00
Compartilhar notícia


Filiado a um partido da base de sustentação do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), o líder do MBL (Movimento Brasil Livre) e pré-candidato a deputado federal, Kim Kataguiri (DEM), protocolou ontem pedido de impeachment do tucano, se baseando em denúncia eleitoral apresentada contra Auricchio.

O ato foi ignorado pelos vereadores democratas Carlos Humberto Seraphim e Mauricio Fernandes, ambos governistas, e foi prestigiado apenas por lideranças do MBL do Grande ABC. Kim minimizou o fato ao ser questionado sobre o episódio. “Não os conheço (os vereadores), mas posso falar com eles depois. Hoje em dia, partido não fecha questão em nada.”

Segundo Kim, chamou sua atenção o apontamento de 31 crimes de falsidade ideológica que aparecem na denúncia feita pela Ministério Público Eleitoral contra o prefeito e o vice Beto Vidoski (PSDB). “Estranhamos que nenhum vereador entrou com um pedido consistente (de impeachment). O único (requerimento de cassação) que tive acesso foi o Psol, mas que também era fraco juridicamente e poderia ser derrubado posteriormente”, argumentou.

Pelas regras internas, o pedido de impeachment protocolado pelo líder do MBL precisa ser analisado pela direção da Câmara e colocado em votação. A solicitação do Psol, por exemplo, foi rejeitada por 13 votos a quatro.

Pensando em organizar manifestações de rua para pressionar os vereadores e o próprio chefe do Executivo, Kim sugeriu que Auricchio tem que sofrer punições cíveis e sanções políticas também. “Por isso é ideal que exista uma base forte de apoio por trás deste pedido, como é o MBL”, disse.

Sobre as questões de como vai articular votos suficientes para que o Legislativo acate o pedido de impeachment, Kim revelou que a estratégia é tornar inviável qualquer apoio ao prefeito. “Sabemos que os vereadores fisiológicos indicam cargos no Executivo para manter seus mandatos. Quando isso começar a ficar caro demais (manter a estrutura), mesmo com cargos na gestão, aí não vale mais a pena ficar do lado do prefeito”, concluiu.

Sobre as denúncias contra Auricchio e Beto, Kim se mostrou espantado com o tamanho da punição estabelecida. “Eu nunca vi um processo eleitoral onde a pena chegasse a 30 anos”, concluiu.

O governo Auricchio não se manifestou sobre o caso até o fechamento desta edição. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;