O São Caetano é líder da Série A-2 e não está praticamente classificado para as quartas de final com três jogos de antecedência à toa. Letal, o Azulão foi ao Canindé ontem e virou para cima da Portuguesa por 2 a 1, em duelo da 16ª rodada, com boa atuação do atacante Jô. O resultado levou a equipe aos 33 pontos, enquanto a Lusa estacionou nos 20, em 13º.

Com três volantes, o técnico Luís Carlos Martins adotou postura mais cautelosa com a Portuguesa. E a decisão se mostrou acertada, já que a Lusa investia pelo lado direito da defesa, área sob responsabilidade do jovem Léo Pereira, que ainda apresenta altos e baixos.

Apesar da cautela, a defesa vacilava. Aos 12, Renan Rocha operou milagre ao defender chute de Diego Gonçalves na marca do pênalti. Mas, aos 19, não deu para o goleiro quando Gustavo Tocantins surgiu livre na área e abriu o placar – 1 a 0.

O São Caetano não sentiu o golpe e acordou rápido. Aos 21, em erro de saída de bola da Portuguesa, Jô tirou de Luís Carlos e desencantou após oito jogos sem marcar – 1 a 1.

A partir daí, o domínio foi do Azulão. A Lusa perdeu a cabeça e quatro jogadores receberam cartão amarelo. Após reclamar acintosamente, Renan Teixeira foi expulso e deixou o time da Capital em situação delicada.

Na segunda etapa, Martins lançou o São Caetano à frente com a entrada de Diego Sales. Mas foi a Portuguesa quem assustou – Diego Gonçalves acertou a trave aos 12 minutos.

Mesmo mais ofensivo, o Azulão deixava a desejar. Apesar da superioridade numérica, só chegava em chutes de fora da área, mas sem direção.

Mas a sorte estava ao lado do time do Grande ABC. Na única jogada trabalhada na segunda etapa, aos 41, Bruno Recife foi ao fundo e cruzou para Jô, que atrapalhou o zagueiro Ferdinando e fez o defensor jogar contra a própria meta.

Após desencantar, Jô divide méritos

Alívio. Esse foi o sentimento do atacante Jô após marcar um dos gols da vitória por 2 a 1 do São Caetano sobre a Portuguesa, ontem, na Capital. Isso porque ele acabou com jejum de oito jogos sem balançar as redes.

“Com certeza (tira o peso das costas). Quem trabalha colhe os frutos. Quero agradecer a todos meus companheiros e ao (técnico) Martins, que me passaram confiança”, afirmou Jô, que disse não buscar marcas pessoais – ele divide a artilharia da equipe com Neto, com cinco gols. “Não quero artilharia nem aparecer. Quero que o São Caetano apareça. Quero muito esse acesso porque vou passar e o clube vai ficar. O mais importante é o São Caetano”, comentou.

A atuação do camisa 9 foi elogiada pelo treinador azulino, Luís Carlos Martins. “Sou suspeito para falar do Jô. Fez o gol, e falo para ele ter calma e paciência porque assim é a vida do artilheiro. Taticamente, ele foi perfeito”, disse.