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Dilma não escapa de
vaias na entrega do troféu

Presidente ainda passou a taça do Mundial às
mãos do chefe de Estado russo, Vladimir Putin

Por Dérek Bittencourt
Enviado ao Rio de Janeiro
14/07/2014 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


A situação evitada na abertura da Copa do Mundo, em São Paulo, não teve como ser escondida na grande decisão, disputada ontem, no Rio de Janeiro. Maioria dentro do Estádio do Maracanã, a torcida brasileira vaiou com ênfase a presidente Dilma Rousseff nas três vezes em que apareceu – mesmo que rapidamente – nos quatro supertelões do local.

A chefe de Estado esteve ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blatter, da chanceler alemã Angela Merkel, do vice-presidente da Fifa, Michel Platini, do presidente da CBF, José Maria Marin, entre outros, na entrega das medalhas após a vitória da Alemanha. Para não causar um desconforto como na abertura da Copa das Confederações de 2013 – e não ter problemas em ano eleitoral, Rousseff não fez nenhum discurso antes ou depois do jogo.

Outra cerimônia simbólica com participação da presidente foi a passagem da taça da Copa do Mundo para as mãos do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que receberá o próximo Mundial, em 2018. O russo também assistiu ao jogo de ontem e esteve acompanhado de diversos outros chefes de Estado, como os presidentes da África do Sul, Jacob Zuma, do Gabão, Ali Bongo Ondimba, e da Alemanha, Joachim Gauc, além dos primeiros-ministros da Hungria, Viktor Orbán e de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar.

Mas não foram apenas políticos que marcaram presença para acompanhar a final do Mundial. Aliás, foram muitos os esportistas e artistas presentes ao Maracanã. O item mais cobiçado pelas 32 seleções, o troféu de campeão, foi levado ao estádio pela modelo brasileira Gisele Bündchen e pelo último capitão que a erguera, há quatro anos na África do Sul, caso do espanhol Charles Puyol.

Pelé, Zico, Kaká, o jogador de futebol americano e marido de Bündchen, Tom Brady, o jogador de basquete LeBron James e o ex-astro da Inglaterra David Beckham também estavam na lista VIP da Fifa e ficaram em camarote com estrelas, como o vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, a diva do pop, Rihanna, e o tenor Placido Domingo.

Diversos atores e atrizes estrangeiros, além de personalidades brasileiras, estiveram na decisão, como Ashton Kutcher, Daniel Craig (famoso por interpretar James Bond), Xuxa, Luciano Huck, entre outros.

Técnico Sabella tem discurso consolador

A Argentina voltou a uma final de Copa do Mundo após 24 anos sob comando de um treinador que pode ser considerado inexperiente frente a diversas outras figuras de muito mais currículo no futebol dos hermanos. No entanto, Alejandro Sabella montou um grupo forte, homogêneo e por pouco não faturou o tricampeonato mundial. Sendo assim, o técnico preferiu adotar discurso positivista, sem concretizar se realmente deixa o cargo, conforme seu agente revelou há três dias.

“Em termos gerais, estou muito orgulhoso. Os meninos fizeram uma Copa do Mundo extraordinária. Foi um espetáculo emocionante como se entregaram um pelo outro, pela camisa da seleção e deixaram tudo de si dentro de campo. Podem olhar no espelho, dentro dos próprios olhos e saber que deram tudo pela Argentina”, destacou Sabella. “Estamos todos muito tristes, porque queríamos ganhar. Para ser perfeito, tínhamos de ter mais eficácia. Por um lado, nós vamos com a dor normal de ter perdido uma final, mas satisfeitos porque os jogadores deram seu todo.”

DESVALORIZADA

Lionel Messi foi eleito o melhor jogador da Copa e levou para casa a Bola de Ouro. No entanto, o camisa 10 da Argentina não se mostrou satisfeito com a única taça que recebeu ontem, no Maracanã, após a disputa de seu terceiro Mundial.

“Foi uma decepção grande, a gente queria levar a Copa para casa. E, como eu disse antes, a gente merecia mais o título. E não tem nenhuma importância ser o melhor jogador da Copa sem conquistar o título”, disse Messi após o jogo.




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