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UPAs de Mauá começam a atender de forma adequada

Foram contratados 83 clínicos gerais e pediatras na semana passada

Por Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
29/05/2012 | 07:00
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Dois meses após o início do processo de descentralização do atendimento de urgência em Mauá, os usuários começam a perceber os primeiros efeitos do remanejamento feito pela Prefeitura. Desde o fim de março o Hospital Nardini deixou de atender as especialidades mais procuradas: clínica médica e pediatria. De imediato, a demanda foi assumida pelas três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) recém-inauguradas, que eram constante alvo de críticas dos moradores, especialmente por causa da falta de médicos.

A contratação de 83 clínicos gerais e pediatras, anunciada na semana passada, colocou panos quentes no problema - pelo menos de forma provisória. Ontem de manhã, dia de maior movimento durante a semana, 11 médicos atendiam nas três UPAs (Vila Magini, Vila Assis e Zaíra), que estavam lotadas.

Há pouco mais de um mês atrás, o Diário flagrou as mesmas unidades com, no máximo, metade desses profissionais de plantão. Em algumas ocasiões o atendimento era improvisado e o clínico geral assumia as crianças nos casos de ausência do pediatra. A Prefeitura admitiu ter dificuldades para contratar por falta de interessados.

A preferência pelo atendimento nas UPAs, consideradas mini-hospitais, passou a ser maioria entre pacientes. A redução no tempo de espera e a atenção dispensada aos usuários pelos profissionais são as principais constatações. "O Nardini em qualquer dia estava lotado. Muitas pessoas de outras cidades eram atendidas lá, o que aumentava a espera. As UPAs ficam mais perto da gente. Apesar da alta procura, o médico atende com menos pressa", observa a aposentada Maria de Lourdes Magalhães, 65 anos, que ontem foi atendida na UPA Vila Magini. A unidade era a que tinha maior número de médicos pela manhã: dois clínicos gerais e três pediatras. As demais tinham três médicos cada uma.

O metalúrgico Antonio Carlos Ramos, 35, confirmou que o serviço melhorou nos últimos meses, período em que passou por quatro consultas. "Quando precisei, fui bem atendido. Depois que ‘fechou' o Nardini, ficou 100%."

DESCENTRALIZAÇÃO

Juntas, as três UPAs, que são porte 2 e foram construídas com verba do governo federal, têm capacidade para atender até 900 pacientes por dia. No Hospital Nardini, a descentralização provocou queda de 50% nos cerca de 1.000 atendimentos realizados diariamente no pronto-socorro.




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