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Naufrágio de pesqueiro brasileiro deixa dois mortos no Uruguai
Da AFP
09/07/2007 | 14:21
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O naufrágio do pesqueiro brasileiro "Lula I" em águas uruguaias, na quinta-feira, deixou dois tripulantes mortos e sete sobreviventes, após a embarcação ter permanecido mais de dois dias à deriva.

O Centro Coordenador de Busca e Resgate foi informado às 17h de sábado pelo navio mercante de bandeira grega "Capetan Michalis", "que havia avistado a balsa a cerca de 200 quilômetros do porto de La Paloma, próximo da fronteira com o Brasil", informou nesta segunda-feira o porta-voz da Marinha, Alejandro Añón.

O "Capetan Michalis", que viajava em direção à África do Sul, se aproximou para efetuar o resgate, e encontrou na balsa sete pessoas com vida e um falecido. Añón disse que pediu ao navio grego, com a ajuda de uma lancha da prefeitura que havia saído de La Paloma, para recolher os náufragos.

"Eles encontraram a embarcação à 0h e transferiram os sete sobreviventes e o morto, que era o capitão do pesqueiro brasileiro", indicou, acrescentando que, segundo relatos dos tripulantes, há um segundo falecido que afundou com a embarcação.

Os náufragos foram internados em centros assistenciais de Rocha (200 km a leste de Montevidéu, e a cerca de 30 km de La Paloma), embora todos estivessem em bom estado de saúde e tenham recebido alta logo depois, disse Añón.

A juíza de Rocha Amalis Martínez, que investiga o caso, colherá depoimentos do médico legista responsável pelos exames no tripulante morto e dos sobreviventes, que não podem voltar para o Brasil até as causas do acidente sejam determinadas.

O "Lula I" havia zarpado do Rio Grande do Sul no dia 30 de junho. Nocieno Silva, um dos tripulantes do pesqueiro, disse ao jornal El País que o acidente teria ocorrido por excesso de peso. "Notamos o excesso de peixes. Veio uma onda e depois outra. E o barco não suportou", disse. Eram 8h de quinta-feira.

O sobrevivente afirmou que os tripulantes começaram a nadar para tentar se manter na superfície, e que o capitão Jorge Simite não resistiu. Seu coração não agüentou o esforço e ele morreu, mas decidiram levar o corpo com eles.

Silva disse que o maquinista, Antônio Pinchinguinha, ficou preso na sala de máquinas da embarcação no momento do naufrágio.




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