Companhia Telefônica da Borda do Campo, a CTBC. Um dos principais empreendimentos das lideranças econômicas do Grande ABC. Marcou época, fez história, cumpriu o seu papel. 

Nestes tempos de comunicação instantânea via satélite e pela internet, as novas gerações - especialmente - talvez não tenham ideia do que foi a experiência da CTBC na área das comunicações. Por isso é sempre importante acolher o testemunho de quem acompanhou a luta de idealistas pela causa que ajudaria na transformação regional.

Hermano em Pauta é acionado. Julio Pinheiro, pseudônimo do jornalista Hermano Pini Filho, noticiou amiúde a trajetória da CTBC. E mais uma vez colabora com Memória, numa jornada que se inicia hoje e prossegue até quinta-feira.

Também recorremos ao acervo da advogada Ana Maria do Nascimento. A exemplo do Hermano, Dra. Ana Maria atuou no Diário e doou à Memória um relatório da CTBC, referente ao ano de 1997, denominado Nova Era. É deste álbum que extraímos as ilustrações da série.

Subsídios à História da CTBC-1 
Texto: Hermano Pini Filho

Há pouco mais de 60 anos, no dia 10 de fevereiro de 1954, um grupo de empresários do Grande ABC foi ao prefeito de Santo André,  Fioravante  Zampol, para os primeiros passos de uma empresa que iria dotar a região de linhas telefônicas capazes de superar as deficiências das então existentes. Até então era desprezível o número de telefones instalados na região. E sem a menor perspectiva de expansão da rede existente, a cargo da Companhia Telefônica Brasileira, empresa, como se dizia,  controlada em maioria por investidores canadenses. 

A situação era considerada séria. Não se podia admitir, como entendiam não só empresários, que o desenvolvimento da região sofresse atraso pela inexistência aqui de comunicação telefônica não condizente com as necessidades locais.

Como não havia mais tempo a perder, conta um dos líderes autonomistas de São Caetano, Mário Porfírio Rodrigues, em seu livro Um Jornal, uma Vida, que no dia 22 de março de 1954, terminada a reunião-jantar do Rotary Clube de Santo André, imediatamente realizou-se a assembleia que fundou a Companhia Telefônica da Borda do Campo - CTBC. Coube a Mário, um dos fundadores do Jornal de São Caetano e então presidente do Rotary Clube de São Caetano, indicar o nome do engenheiro Ângelo Raphael Pellegrino para o cargo de diretor-técnico da CTBC. Pellegrino, que foi o primeiro prefeito de São Caetano após a emancipação do município, decidida em 1948, permaneceu durante anos naquele posto.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Sábado, 5 de março de 1983 - nº 5.151
MANCHETE - Em estudo plano para aumentar o nível de emprego
MAUÁ - Em construção a nova parada de trens, na divisa com Ribeirão Pires. Quando pronta, atenderá a 12 mil passageiros/dia, beneficiando moradores de 13 bairros.
SAÚDE - Constatado novo caso de leptospirose, agora em São Bernardo.
FUTEBOL MEMÓRIA - As lembranças de Pavin, artilheiro de São Caetano. Reportagem de Edélcio Cândido.

MUNICÍPIO PAULISTA 
Magda. Povoado instalado em 5-3-1929 e elevado a município em 1955, quando se separa de Nhandeara, na região de São José do Rio Preto.

HOJE 
Dia do Filatelista Brasileiro, Dia Nacional da Música Clássica e 112º aniversário da Editora Vozes (1901).

SANTOS DO DIA 
Adriano, Eusébio, Domingos Sávio, João José da Cruz, Teófilo e Virgílio de Arles.

EM 5 DE MARÇO DE...
1908 - Theofilo Ferreira Pinto nasce em Santa Cruz da Estrela, município de Santa Rita do Passa Quatro (SP). Veio para Santo André na década de 1940. Foi dono do Armazém São Francisco, na Rua Bolívia, Parque das Nações. Chegou a completar 70 anos de casamento com Dona Zemir, em 1999.

Memórias de dona Páscoa (*)
Texto: Geisa Carretta Daibert Danesin

Rudge Ramos, São Bernardo, início da década de 1940. Ruas de terra. Poeira e barro, água de cisternas, falta de energia elétrica, trânsito de charretes e carroças, casas isoladas umas das outras e o bairro vai se desenhando. Um açougue, um armazém, uma igreja católica, uma padaria, um grupo escolar, uma barbearia (do Sr. Ayres). Um correio que funcionava na casa de um dos moradores.

Nesta época a Faculdade de Teologia compra o terreno para se estabelecer no bairro e alguns professores e alunos iniciam trabalho de visitação e evangelismo casa a casa, convidando especialmente as crianças do bairro para a Escola Dominical. A igreja funciona por um bom tempo no prédio, hoje tombado, da própria faculdade.
(*) Paschoa Maria Morelatto Carretta completou dia 1º de março 100 anos, 86 dos quais vividos em São Bernardo.

* Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ
Orides Soncini Fernandes, 89. Natural de Itajubi (SP). Dia 2. Cemitério da Saudade, em Vila Assunção.
Lydia Sicorella Quartezan, 75. Natural de Santos (SP). Dia 3. Cemitério Camilópolis.
Valquiria Massarelli Parro, 70. Natural de Santo André. Dia 3. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

SÃO BERNARDO
Elisa Cassan Santos, 89. Natural de Serra Negra (SP). Ontem. Cemitério de Vila Euclides.
Éster Gasperini, 66. Natural de São Bernardo. Dia 3, em São Paulo. Cemitério de Vila Euclides.
Paulo Kosugi, 62. Natural de São Bernardo. Ontem, em Diadema. Cemitério da Paulicéia.
Moisés de Oliveira Macedo, 56. Natural de São Paulo (SP). Dia 3. Cemitério de Vila Euclides.
Luiz Roberto Sagradin, 53. Natural de Peabiru (PR). Dia 2. Cemitério de Vila Euclides.

DIADEMA
Nelson Gonçalves de Souza, 76. Natural de Pindorama (SP). Ontem. Cemitério Municipal.
Maria Cristina Lopes Viana, 40. Natural de Ponte Nova (MG). Dia 1º. Cemitério Municipal de Jequeri (MG).

MAUÁ
Ugridio Querriquelli, 84. Natural de Salto (SP). Dia 1º, em Ribeirão Pires. Vale dos Pinheirais.
Agenor Barão, 84. Natural do Espírito Santo do Pinhal (SP). Dia 3. Cemitério Santa Lídia.
Eliever Rodrigues Santos, 56. Natural de Nova Canaã (BA). Dia 3. Cemitério Santa Lídia.
José Severiano da Conceição, 54. Natural de Oliveira dos Brejinhos (BA). Dia 2. Cemitério Santa Lídia.

RIBEIRÃO PIRES
(Cemitério São José)
Jardelino Cardoso, 83. Natural de Ribeirão Pires. Dia 2.
José Leandro de Oliveira, 76. Natural de Poções (BA). Dia 2.
Orlando Ferreira da Silva, 66. Natural de Nazaré (BA). Dia 2.

ANGELA ADAMO BONINI
(São Bernardo 11-11-1916 - Santo André 2-3-2013)
Por parte de pai, Francisco, dona Angela descende da família Adamo; por parte de mãe, Elisa, da família Casa; casou-se com Luiz Bonini, de quem era viúva. Adamo, Casa e Bonini, famílias de raízes de São Bernardo, dos tempos do Núcleo Colonial de São Bernardo, fundado na segunda metade do século 19.
Dona Ângela partiu aos 96 anos. Está sepultada no Cemitério de Vila Euclides. Deixa os filhos Darci, Licinio e Neide.

Serviços Funerários: Santo André - 4433-3544; São Bernardo - 4330-4527; Diadema - 4056-1045; Mauá - 4514-7399; Ribeirão Pires - 4828-1436; Rio Grande da Serra - 4820-4353.
Para anunciar um falecimento, ligue para 4435-8000.