Política Titulo AGENDA POSITIVA EM STO.ANDRÉ
‘Não vejo nenhum projeto de importância na Câmara’

Declaração é do vereador Ailton Lima, que lança desafio interno; caso cria desconforto

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/06/2015 | 07:00
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Encabeçada pelo vereador de Santo André Ailton Lima (SD), proposta que desafia a implantação de agenda positiva no município criou ambiente desfavorável nos corredores da Câmara. O parlamentar alegou que projetos que poderiam mexer com a vida da população, como Cidade Limpa e Operação Delegada, estão engavetados, tendendo a “cair no esquecimento”, além da regulamentação do Código de Ética. “Não vejo nenhum projeto de importância para o cidadão sendo votado ou discutido”. Parte dos colegas discorda da postura.

Ailton utilizou como exemplo o fato de o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB) – evitando entrar na polêmica da figura do político –, retomar pautas históricas, como a redução da maioridade penal e reforma política. “Será que nós não temos capacidade de criar agenda propositiva? Creio que sim. Desengavetar, discutir e votar bons projetos que podem mudar de forma relevante o futuro de nossa cidade”. Em contrapartida, há avaliação que a Casa fica à mercê das matérias elaboradas pelo Executivo, hoje comandado pelo prefeito Carlos Grana (PT).

O parlamentar José Montoro Filho, o Montorinho (PT), retrucou e falou que se há interesse “basta reapresentar” os projetos, colocando o objeto em debate na Câmara. “Caso encare como relevante (algum texto) é só pegar 11 adesões e pôr em votação. Não acho que falte iniciativa na Casa”. Líder do governo, José de Araújo (PMDB) adotou linha semelhante e descartou que haja qualquer item engavetado. “A gente discute o que está em tramitação. Não tem nada da Operação Delegada na pauta. Quem quiser, tem de abrir a discussão.”

O presidente do Legislativo, bispo Ronaldo de Castro (PRB), sustentou que projetos do gênero do Cidade Limpa, por exemplo, necessitam vir com autoria do Paço, por incidir na arrecadação. Tonho Lagoa (PRP) endossou a ideia do republicano, frisando que há limitação na atuação legislativa. “Cerca de 90% dos nossos projetos são considerados inconstitucionais”. Almir Cicote (PSB), por sua vez, defendeu discutir temas de maior abrangência na Casa já no segundo semestre. 




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