A explosão na subestação de energia da Bridgestone em Santo André na quinta-feira passada, que deve interromper a produção da pneus na fábrica por, pelo menos, 70 dias, colaborou para que a empresa fechasse acordo salarial com índice de reajuste menor que a inflação dos últimos 12 meses.

Enquanto os empregados da vizinha Pirelli, no mesmo município, obtiveram aumento pelo INPC (nos últimos 12 meses terminados em maio ficou em 8,34%) a ser pago em janeiro, mais PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 10 mil e um abono de 180 horas, na Bridgestone o percentual obtido foi menor. A empresa dará 6% de aumento, mas que já valerá a partir deste mês, além de R$ 10,5 mil de PLR e vale-compra de R$ 80 ao mês, afirma o presidente do Sindicato dos Borracheiros de São Paulo e Região, Márcio Ferreira. Abono pedido à companhia, de R$ 2.000 foi negado. “Não era o que queríamos, mas infelizmente ocorreu o acidente”, diz. Ele cita que não daria para fazer greve para pressionar a empresa a aceitar índice melhor.