Política Titulo São Bernardo
Julinho aposta em votação até da base do governo Marinho em requerimento sobre Marco Zero

Vereador tenta emplacar questionamentos sobre leilão violado em 2008

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
17/05/2015 | 07:00
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O vereador de oposição e presidente do PPS de São Bernardo, Julinho Fuzari, diz ter assinaturas necessárias para que a Câmara aprove requerimento cobrando informações do governo de Luiz Marinho (PT) a respeito do leilão de terreno municipal onde é erguido o empreendimento Marco Zero, conduzido pela Mbigucci.

O Diário mostrou que regras do edital foram violadas por concorrentes do processo licitatório, que envolveu a venda de terreno de 15,9 mil metros quadrados no entroncamento das avenidas Kennedy e Senador Vergueiro, no Jardim do Mar, por R$ 14 milhões. A incorporadora Big Top 2, pertencente a Milton Bigucci, triunfou na concorrência e, posteriormente, dividiu os custos com a área com outras concorrentes, o que era violado.

No Legislativo de São Bernardo, para que requerimento de informações chegue ao Executivo, necessita de aval de maioria simples da Casa. Atualmente, Marinho detém 20 cadeiras a seu favor – embora nove vereadores tenham declarado independência do Paço, mas, nestes casos, seguem orientação do chefe do Executivo. São oito nomes da oposição, porém, alguns estão reticentes em assinar o documento que cobrará respostas sobre o caso.

“Quero apresentar na quarta-feira (o requerimento). Tenho feito conversas com vereadores, até da base, e muitos querem ver isso esclarecido. Acredito que teremos esse documento aprovado”, declarou Julinho, citando a sessão de quarta-feira.

O requerimento de informação será o primeiro passo tomado pelo PPS, oposição a Marinho, no intuito de apurar as denúncias trazidas à tona pelo Diário. CPI não está descartada, desde que a gestão petista não responda adequadamente aos questionamentos.

O Ministério Público, que arquivou inquérito sobre o episódio no passado, não informou ainda se vai reabrir a apuração. A tendência é a de que não haja nova investigação.

As empreiteiras negam irregularidades cometidas no leilão realizado em 2008. 




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