O fôlego de alta exibido pela Bovespa na abertura de ontem não se sustentou durante o dia. Ainda pela manhã, o principal índice do mercado doméstico inverteu o rumo, seguindo as Bolsas norte-americanas e, no meio da tarde, as perdas se acentuaram, principalmente por causa da queda mais forte das ações da Petrobras.

A retração só não foi maior porque a Vale manteve a trajetória da véspera e fechou em terreno positivo, assim como os metais no exterior. O Ibovespa recuou 1,06%, aos 60.761,7 pontos. Oscilou entre a mínima de 60.679 pontos (-1,2%) à máxima de 62.200 pontos (+1,28%). No mês, a Bolsa tem perdas de 4,3% e, no ano, de 4,89%.

Com o tombo de ontem, a Bovespa praticamente anulou os dois últimos dias de ganhos, fato que tem ocorrido com uma certa freqüência, por causa da montanha-russa que virou o mercado em função da crise norte-americana.

A alta dos metais e do petróleo no Exterior deu sinais de que o dia traria mais um fechamento em elevação para a Bovespa. A Vale seguiu o roteiro e fechou em território positivo, mas a Petrobras burlou a regra e caiu. Segundo operadores, o comportamento esperado para as ações da petrolífera não era esse, mas como eles não encontraram justificativas para a queda, avaliaram que, após três dias de ganhos fortes, havia espaço para realização de lucros.

As ações ON caíram 2,38%, as PN, 2,39%, estas com giro bem fraco, de R$ 462,020 milhões.. O contrato para maio do petróleo negociado em Nova York avançou 1,59%, para US$ 107,58.

Já a Vale se beneficiou de mais um dia de elevação dos metais – além do rescaldo do fracasso da operação de compra da Xstrata, anunciado terça-feira.