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Indústria cresce 12,9% no bimestre
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
28/03/2008 | 07:00
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A indústria paulista seguiu em ritmo forte, ao registrar em fevereiro mais uma marca recorde. A alta de 1,5% frente a janeiro é a maior expansão para esse mês desde que o INA (Indicador do Nível de Atividade), da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) é apurado (a partir de 2002, após uma mudança de metodologia).

 Com o resultado, o setor industrial no Estado acumula no bimestre variação positiva de 12,9% e nos últimos 12 meses, de 7,5%.

 A indústria automotiva em São Paulo se mantém como um dos principais destaques – alta de 8% nos 12 meses –, embora fique abaixo da performance nacional da produção de veículos (17% de variação).

 E outros setores também mostraram bom desempenho, devido ao mercado interno aquecido, entre os quais a área de produtos químicos, com variação de 6,1% no acumulado de 12 meses; papel e celulose (4,4%); e a área têxtil (4,6%).

 Esse último segmento se recupera depois de um período de retração no ano passado. “A demanda tem crescido muito e mesmo com a alta das importações, esse setor encontrou espaço. Foram sobreviventes, que conseguiram se reorganizar, passar por fusões ou ajustar custos”, afirmou o gerente do departamento de economia da Fiesp, André Rebello.

UNIFORMES

 Para o empresário Fernando Trincado, que tem uma empresa de confecções em São Caetano e também é diretor da regional do Fiesp no município, a reação nessa área é uma surpresa bastante positiva.

 No ano passado, Trincado redirecionou seus negócios para o ramo de uniformes profissionais, para o atendimento a pequenas e médias empresas. Antes, tinha o foco na moda infantil.

 Segundo ele, a escolha se mostrou acertada, já que a área em que ingressou ainda tem pouca concorrência do Exterior e também porque muitas empresas buscam a certificação em programas de qualidade da gestão, o que exige a adoção de uniforme.

 “Outro fator que tem ajudado é o crescimento do emprego formal. Faço roupas para o chão de fábrica e, com as indústrias contratando mais, tenho mais encomendas”, disse.



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