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Venda de autos cai 19,5% ante outubro
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
19/11/2009 | 07:00
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A corrida dos consumidores para comprar automóvel nas últimas semanas antes do término da isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) fez com que as vendas na primeira quinzena de novembro registrassem queda de 19,56% em relação ao mesmo período de outubro.

Entretanto, em comparação ao mesmo mês de 2008, houve crescimento de 35,59%, somando o emplacamento de 130.601 veículos novos no mercado brasileiro, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Em outubro, o incentivo do governo federal à venda de veículos começou a diminuir, com a recomposição gradual da alíquota do IPI. Em veículos com motores 1.0, por exemplo, a alíquota de IPI passou de zero para 1,5% em outubro, subiu para 3% em novembro e chegará a 5% em dezembro. Em janeiro de 2010, voltará para os 7% originais.

Octavio Leite Vallejo, presidente do Sincodiv-SP (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de São Paulo), ressalta que o resultado era esperado pelo setor devido aos altos índices de crescimento nas vendas com o corte do imposto até setembro.

"De qualquer maneira, 2009 será um ano recorde de vendas para o setor. Nossa economia proporcionou que o Brasil alcançasse o posto de ser um dos três países no mundo a registrar incremento nas vendas, junto com China e Índia", afirma Vallejo.

Levando-se em conta o desempenho de todos os segmentos analisados pela Fenabrave, que inclui motos e implementos rodoviários, o mercado automotivo comercializou 208,6 mil veículos na primeira metade de novembro, com alta de 22,39% ante igual período do ano passado e queda 12,69% frente a outubro deste ano.

OTIMISMO - Na concessionária Via Cristal, instalada no Auto Shopping Global de Santo André - que tem mais de 50 lojas especializadas -, foram vendidos 30 automóveis nos primeiros 15 dias deste mês. "Nossa meta é conseguir no mínimo 60 vendas, ultrapassando as 49 atingidas em outubro", diz Daiane Silva, gerente de vendas da unidade.

Para ela, o pagamento do 13º salário será fator importante para impulsionar os resultados do fim de ano, além disso, o brasileiro não está deixando de trocar ou adquirir carro novo por causa da volta do IPI. "As taxas de financiamento melhoraram bastante", pontua.

Vallejo acrescenta que apesar do crédito estar acessível, as financeiras estão seletivas no momento da concessão, principalmente em relação às motocicletas.




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