Política Titulo Eleições 2020
Pretinho crê em união de ex-aliados no 2º turno

Prefeiturável governista em Diadema aposta no diálogo para atrair antigos parceiros de Lauro

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
17/10/2020 | 00:23
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Claudinei Plaza/DGABC


Candidato governista à Prefeitura de Diadema, o presidente da Câmara, Pretinho do Água Santa (DEM), acredita ser possível unir no segundo turno todos os prefeituráveis que, em algum momento, estiveram juntos ao governo de Lauro Michels (PV). “Queria que todos estivessem unidos, vestindo a camisa do governo. Respeito a democracia e todos têm direito à disputa. Mas contamos com eles no segundo turno.”

Em visita ao Diário, o democrata evitou criticar as candidaturas de Marcos Michels (PSB), Gesiel Duarte (Republicanos), Denise Ventrici (PRTB) e Arquiteto David (PSC), que foram aliados do governo Lauro em parte dos oito anos de gestão do verde – os dois primeiros, aliás, foram secretários, um de Educação e o outro, de Gestão de Pessoas.

Pretinho ressaltou, em várias respostas, que, se eleito, prezará por um mandato de diálogo. Quer retomar a relação com o governo do Estado, estremecida desde que Lauro passou a criticar publicamente o governador João Doria (PSDB), com os demais municípios – o elo ficou fragilizado quando o município optou por sair do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC –, e até com o governo federal.

“Temos apoio do deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos). Também há o suporte dos meus amigos deputados da família Leite, o Alexandre (federal) e Milton Filho (estadual, ambos do DEM). Ouvi do vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) que ele também vai se empenhar a ajudar Diadema. Niguém faz nada sozinho. E há espaço para reconstruir essas pontes. Não acho que o PT terá essa relação com o governo do Estado e com o governo federal, do Jair Bolsonaro (sem partido). Nós teremos”, bancou.

Aliás, o democrata minimizou o fato de não ter sido o plano A de Lauro para este pleito. “O Márcio também era meu candidato”, assegurou ele, sobre o preferido do prefeito para disputar a sucessão. Márcio alegou problemas de saúde e desejo de seguir como deputado estadual como motivos para rejeitar o convite. “Mas o Márcio tem sido um grande parceiro. Gastando sola de sapato comigo, andando para todos os bairros. Respeito a decisão dele, mas vejo que ele está muito empenhado.”

Pretinho também não mostrou incômodo em falar sobre um tema que tem sido explorado pelos adversários: o de que ele, em 1996, foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado por roubo e extorsão – pena reformada posteriormente. O democrata deixou a detenção em 1999. “Os políticos querem se aproveitar disso. A população conhece e sabe que eu errei e paguei por isso. Há muitos que erraram e ainda pagam. Eu corrigi, dei a volta por cima, tive essa oportunidade. É experiência também para a gestão pública. Mesmo minha vida mudando demais, eu sigo morando no mesmo bairro onde cresci. Eu vejo como um diferencial”, declarou. “Agora ficam falando que não sei falar bonito. Eu quero é poder atender a demanda das pessoas. O que adianta falar bonito e não fazer as coisas acontecerem?”

O presidente da Câmara, que está em seu primeiro mandato, enalteceu as emendas que articulou junto dos deputados da família Leite e disse ter orgulho de representar a gestão Lauro nas urnas. “Fez muito pela cidade.” 




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