Maluf disse que lamenta a morte de Covas e que admira sua luta obstinada contra o câncer.

Durante a noite, depois da missa de corpo presente, Maluf, acompanhado da mulher, dona Sylvia, compareceu ao velório de Covas e passou cerca de cinco minutos ao lado do caixão.

Ao falar com os jornalistas, Maluf manteve o discurso ameno, negando contendas durante o relacionamento político dos dois. Ele afirmou que a convivência administrativa foi sempre boa e lembrou que Covas foi ao escritório do PPB nas eleições de 94 para pedir apoio.

Quando questionado se Covas deveria ser tomado como exemplo na vida pública, Maluf, porém titubeou. "Ele deu uma demosntração de muita coragem no final da vida dele", esquivou-se.

Confira a nota oficial de Maluf, divulgada à tarde:
"Lamento a morte do governador Mário Covas e quero ressaltar mais uma vez a minha admiração pela sua luta obstinada contra a doença que o vitimou. Em nenhum instante, deste momento circunstancial de sua vida, Mário Covas se deu por vencido, lutando contra o mal que o atacou com todas as suas forças, recusando-se, até onde conseguiu, a abandonar as suas atividades para cuidar de si mesmo. As democráticas diferenças entre nós não o impediram, junto com os seus companheiros do PSDB, de ir à sede de nosso partido, o então PPR, em novembro de 1994, para receber o meu apoio público à sua candidatura que resultou em sua eleição vitoriosa para o cargo de governador. O que fica nesta hora, no entanto, é a boa lembrança do colega da Escola Politécnica, onde no Grêmio Politécnico, começamos juntos a nossa vida pública.
Paulo Maluf"