Política Titulo Reunião com ministro
Em Brasília, prefeitos da região cobram investimentos no setor químico e ação para segurar empregos

Políticos entregaram documento a Eduardo Braga, de Minas e Energia

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
30/09/2015 | 07:00
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Em audiência ontem com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), em Brasília, os prefeitos Carlos Grana (PT-Santo André), Donisete Braga (PT-Mauá) e Gabriel Maranhão (PSDB-Rio Grande da Serra, e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC) cobraram investimentos no setor químico e petroquímico nas sete cidades, além de medidas para segurar empregos na indústria. A atividade apresenta impacto significativo na economia da região. O grupo, ao lado da frente parlamentar em defesa da área em São Paulo, coordenada pelo deputado estadual Luiz Turco (PT), entregou documento para formalizar o movimento.

Responsável por 60% do Orçamento de Mauá e por 30% da arrecadação fiscal de Santo André, o Polo Petroquímico do Grande ABC contém número de faturamento anual da ordem de R$ 8,3 bilhões. São 2.500 empregos diretos e mais de 7.500 indiretos.

Grana sustentou que há urgência pela renovação dos prazos entre Braskem (companhia com instalações no polo) e Petrobras para compra do nafta – derivado do petróleo fornecido no Brasil pela estatal que é vital para as empresas petroquímicas –, que é em dólar e venceu em agosto. “Queremos que esse acordo seja prorrogado por mais tempo. O ministro colocou-se à disposição para ampliar esforços junto à Petrobras.”

Há impasse na negociação da Braskem com a Petrobras, que tem o monopólio do insumo no País. A estatal pretende estabelecer o preço de acordo com as variações da cotação internacional. “Não pode-se fazer o preço do mercado europeu”, alegou Turco, ao acrescentar que Braga “vai ajudar na articulação política junto à estatal”. “O ministro assumiu compromisso de fazer esse debate”, frisou. Embora seja o primeiro polo do segmento no Brasil, criado em 1972, o parque regional tem perdido competitividade. Outro tema reivindicado foi a oferta de matéria-prima. “Colocamos na pauta a geração de emprego e o preço da matéria-prima, hoje cara”, avaliou o deputado.

Diante da crise financeira que se agravou neste ano e tem afetado o aquecimento da indústria, Maranhão afirmou que a cadeia do polo necessita de incentivo para “recuperar o vigor”. “Temos de reforçar junto à Petrobras a importância da definição dos preços de nafta, por exemplo, para dar segurança às empresas. O Grande ABC já perdeu mais de 2.000 vagas de trabalho nesse setor, que é tão importante para a nossa economia”, salientou. O setor é estratégico para a região por conta do abastecimento da região metropolitana de São Paulo, que é o maior mercado consumidor da América do Sul. 




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