Bial trafegava pela Avenida Oscar Niemeyer por volta das 22h30, quando foi perseguido e fechado por quatro assaltantes, que estavam em um Golf prata. Eles o ameaçaram, pegaram sua carteira e, antes de levar o carro, atiraram em direção ao ouvido esquerdo do jornalista. "Houve a detonação, mas não o disparo. A arma pode ter falhado", contou ele.

Um motorista que vinha atrás também teve seu carro roubado. Um terceiro motorista, ao notar a movimentação estranha, deu ré e conseguiu fugir do assalto, acionando a polícia em seguida.

Depois do disparo, Bial ficou deitado no chão, no intuito de evitar que os ladrões efetuassem um outro disparo. “Fiquei deitado, fingindo de morto, literalmente”, explicou. “Eles estavam muito nervosos e alucinados e pareciam estar drogados. Tenho certeza que Deus estava entre a bala e mim”.

O carro foi encontrado na manhã desta quinta-feira no Leblon, na zona Sul do Rio. De acordo com a Polícia Militar, apenas o aparelho de som foi levado do carro do jornalista. Os ladrões estão foragidos.

Susto - Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, ele afirmou que ter saído vivo foi um “milagre” e que o “Big Brother lá de cima” (em referência ao programa que apresentou) deve gostar dele. "Estou perplexo de estar vivo e não ter me ferido", disse, acrescentando que teve mais sorte que o dançarino Kléber, ganhador do prêmio de R$ 500 mil do programa.

Segundo Bial, sua sensação de desconforto no ouvido é semelhante à que teve quando perdeu parte da audição do ouvido esquerdo durante a cobertura da guerra civil em Sarajevo.

Apesar do susto, o jornalista disse que não mudará sua rotina, pois aprendeu com a população de Sarajevo que a melhor forma de resistência diante da guerra é tentar levar uma vida normal.

Bial iniciou um período de descanso nesta quarta após o fim do programa Big Brother Brasil.