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Bicicletas têm 37,9 km de vias

Do total, 19 quilômetros são fixos, destinados ao
transporte, e 18,9 funcionam com objetivo de lazer

Por Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
06/07/2015 | 07:07
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Denis Maciel/DGABC


O Grande ABC conta hoje com 37,9 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, ambas destinadas à locomoção por bicicletas. Do total, 19 são ciclovias, espaços fixos com objetivo de transporte, e 18,9 ciclofaixas, para lazer.

Santo André possui oito quilômetros de ciclovias e 11 de ciclofaixa de lazer, que funciona aos domingos, das 8h às 14h30. O projeto começou no início do ano e mantém média de 6.000 usuários. Conforme o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra (PSD), o programa representou ganho ao criar hábito nos munícipes. “A ciclofaixa colocou a bicicleta na cidade e no desenvolvimento econômico também. Após a inauguração, comércios passaram a abrir aos domingos e fazer estacionamentos de bicicleta. Alguns dão desconto para ciclista”, disse.

Para Paulinho, a inserção da magrela como meio de transporte é uma etapa mais difícil. “Acredito muito que a bicicleta pode ser uma solução de mobilidade alternativa. No entanto, é mais complicado que as pessoas criem esse hábito”, opinou.

Mauá mantém oito quilômetros de ciclovias, sendo três deles na Rua Washington Luiz, na Vila Magini, e cinco na Avenida Papa João XXIII. A cidade tinha ciclofaixa na Avenida Barão de Mauá, por meio de parceria com o Estado, porém, ela foi desativada em 2014.

Conforme o secretário de Mobilidade Urbana do município, Azor Albuquerque, os planos de Mobilidade relacionados a bicicleta são prioridade da Pasta. “Temos o maior bicicletário das Américas, com 1.100 vagas. As pessoas já vêm até o Centro de bicicleta e pegam o trem. Agora, temos que pensar em uma maneira de fazer isso com a geografia da cidade, que tem muitos morros, sem prejudicar o cidadão”, afirmou.

São Caetano possui três quilômetros de ciclovias na Avenida Presidente Kennedy, e 1,6 quilômetro de ciclofaixa na Avenida Tijucussu. Diadema tem uma ciclofaixa de quatro quilômetros no bairro Taboão. A cidade possuía outra, de maior extensão (oito quilômetros), na Avenida Ulysses Guimarães, entretanto, a ação também era mantida por convênio com o Estado, que não foi renovado.

Em Ribeirão Pires há ciclofaixa na Avenida Prefeito Valdírio Prisco, que tem 2,3 quilômetros e funciona aos domingos e feriados, das 7h às 16h. São Bernardo e Rio Grande da Serra não forneceram informações sobre o assunto.

Para o consultor em engenharia de transporte de pessoas Horácio Figueira, as cidades estão no caminho para a inserção da bicicleta. “A Capital vai chegar a 400 quilômetros e, comparado ao tamanho da região, acho o crescimento proporcional. Ficamos 100 anos dando espaço para o automóvel e agora estamos recomeçando”, disse.

Figueira acredita nas ciclovias, mas disse que tudo precisa ser bem planejado. “Elas nunca devem tirar o espaço do pedestre ou do transporte público, e sim do automóvel.”

Cidades têm projetos para aumentar trechos

Santo André tem a meta de chegar a 40 quilômetros de ciclovias até 2017, sendo que a via que vai ligar a Estrada do Pedroso e a Estação Santo André deve ficar pronta em 30 dias.

“Temos ciclovias no Parque Central, Viaduto Cassaquera, entre locais que não estão integrados e não têm nenhuma serventia prática. Conseguimos desenvolver projeto para integrar isso de forma inteligente. A Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, por exemplo, tem largura para colocar a faixa da bicicleta e apenas estreitar a de veículos”, disse Paulinho Serra.

Mauá contratou uma consultoria para realizar estudos na área. “Queremos identificar as regiões mais aptas a receber ciclovias ou ciclofaixas e se têm demanda. Até o fim deste ano, teremos o plano municipal e, dentro dele, o que vamos desenvolver”, afirmou Albuquerque.

São Caetano tem projeto para a criação de mais 5,4 quilômetros de ciclofaixas na Avenida Presidente Kennedy. Com isso, haveria circuito de sete quilômetros, que se interligaria ao trecho da Tijucussu. A previsão é que a nova ciclofaixa comece a operar até o fim do ano.

Diadema pretende renovar o convênio com o Estado para a realização da ciclofaixa e para estudar a ampliação de projetos. Ribeirão tem a intenção de ampliar a extensão da ciclofaixa da cidade. O projeto passa por estudos. 




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