A audiência de conciliação que aconteceu ontem na 3ª Vara Cível de Diadema não foi suficiente para solucionar o caso das famílias que ocupam, há uma semana, terreno vago localizado na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes. Outro encontro entre representantes do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas), Prefeitura e proprietários da área, a Amuhadi (Associação de Mutirão Habitacional de Diadema) foi marcado para terça-feira, às 15h.

Segundo uma das coordenadoras do MLB, Carol Vigliari, foi pedido que, na data, a administração municipal apresente proposta habitacional concreta e que a organização, por sua vez, exponha o cadastro das famílias – atualmente 300.

Carol ressaltou que o movimento aguarda uma alternativa que possa sanar rapidamente a demanda, já que muitos não terão para onde ir caso sejam desapropriados do espaço que ocupam atualmente. “Não adianta apresentar projeto para se concretizarem somente daqui a cinco anos”, disse.

O Executivo, porém, reafirmou que a viabilidade de atender ao anseio depende de o governo federal liberar a terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida. A previsão é que isso aconteça neste segundo semestre e que a demanda acordada em ata com o movimento, em 2013, foi de atender 150 famílias, número compatível com o projeto.

Apesar da crise econômica enfrentada pelo País, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, declarou ontem, durante o 62º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, realizado em Campinas, no interior de São Paulo, que o programa não sofrerá alterações em seus objetivos. “O que teremos é um acerto de contas para os pequenos atrasos que persistem. Após esse momento, será lançada a fase três, na qual teremos novo cronograma com a disponibilização de recursos entendida de comum acordo com a equipe econômica”, falou.