Sem conseguir impor suas vontades pelo voto, a oposição de Mauá protocolou mais de três pedidos de investigação em contratos firmados pelo prefeito Oswaldo Dias (PT). Além dos acordos, os vereadores contrários ao governo questionaram falta de repasses a entidades municipais, cancelamento da bolsa de estudos para o funcionalismo, falta de envio do fluxo de caixa municipal e também falta de documentação para abertura da sede do PT de Mauá.

Formado por apenas quatro vereadores - Alberto Betão Pereira Justino (PSB), Atila Jacomussi (PV), Manoel Lopes (DEM) e Silvar Silva Silveira (PV) - o grupo fez barulho nas sessões de 2009. "Continuaremos o trabalho em 2010. Estou fazendo favor ao governo de Oswaldo", atesta Manoel.

Jacomussi defende que apesar de minoria, a atual composição da oposição é a que mais enfrentou o governo na história da cidade. "Mauá nunca teve uma oposição tão ativa quanto hoje. Oswaldo está muito incomodado com nosso trabalho. E o próprio grupo petista sofreu racha por conta das investigações que protocolamos. Somos uma oposição mais agressiva", pontua o verde.

Apesar da possível ameaça, todos os projetos protocolados pelo grupo foram aprovados. O presidente Rogério Santana (PT) destaca que a aprovação mostra maturidade nas relações da Câmara. "Poucos requerimentos foram rejeitados neste ano, o que demonstra que fizemos gestão democrática. Na passada, nenhum dos nossos requerimentos ou projetos foi aprovado".

As ações protocoladas pelos vereadores de oposição ainda estão sob análise do Ministério Público.