A Prefeitura de Ribeirão Pires abriu licitação para contratar clínica particular que ofereça serviço de internação de dependentes químicos. A intenção é encaminhar 40 pacientes que são assistidos pelo Caps AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) municipal, sendo 20 vagas para adolescentes e 20 para adultos, divididas em dez para homens e dez para mulheres.

Conforme explica a gerente de Saúde Mental da Prefeitura de Ribeirão Pires, Rita Montesso, a medida se faz necessária tendo em vista o momento do País. “O uso do crack se tornou uma epidemia e o poder público precisa estar disposto a ajudar aqueles que apresentam alguma motivação em deixar o uso”, destaca.

A Prefeitura não mantém nenhuma parceria com clínica particular atualmente, mas recebe apoio de hospitais regionais e estaduais, como é o caso do Nardini, em Mauá, Mário Covas, em Santo André, Serraria, em Diadema, e Lacan, em São Bernardo, para atendimento e internações de curta permanência. “Alguns casos, que não são a maioria, necessitam de internação de maior duração, por isso o convênio”, ressalta Rita.

De acordo com a gerente, o maior benefício da ação, que ainda não tem custo definido, é a possibilidade de resgatar pacientes. “Podemos devolver pessoas que estejam à beira da morte à sociedade, como um ser que produz”, diz.

O Caps AD da cidade realiza, em média, 530 atendimentos por mês, no entanto, a necessidade de internação é oscilante, segundo Rita. A internação do paciente depende de avaliação feita por equipe de psicólogos, enfermeiros e psiquiatra do centro de assistência psicossocial ou mediante solicitações judiciárias para internação compulsória.