Após assembleia, os bancários decidiram aprovar o reajuste salarial de 5%. A proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) foi feita após dez rodadas de negociações junto ao Comando Nacional dos Bancários, no último sábado, e o acordo tem validade por dois anos. A votação aconteceu na noite de ontem.

Além do reajuste, que representa aumento real de 1,18% sobre inflação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) projetada em 3,78%, o acordo garante a manutenção de todos os direitos previstos na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), válida para os empregados de bancos públicos e privados do Brasil. Com isso, até 2020 os salários passariam por manutenção de todos os direitos e a reposição total da inflação, mais 1% de aumento real para vencimentos e demais verbas em 1º de setembro de 2019.

O acordo também prevê o pagamento da primeira parcela da PLR (Participação de Lucros e Resultados) da categoria em 20 de setembro. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira, estes valores variam entre R$ 4.000 e R$ 12.000, dependendo do salário. Ou seja, como na região são cerca de 7.000 profissionais da área, serão pelo menos R$ 28 milhões injetados na economia.

“A assinatura definitiva do acordo deve acontecer na sexta-feira (amanhã). Para nós, foi uma vitória de roda a categoria porque conseguimos o aumento real e garantimos os direitos da nossa convenção coletiva por dois anos. Ou seja, conseguimos recompor a reforma trabalhista no nosso acordo, o que é um grande motivo de comemoração”, afirmou Moreira.