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Moradores realizam mutirão de limpeza na Represa Billings

Ação coletiva ocorre hoje, a partir das 8h, às margens do manancial, na Rua Cirilo Pelosine, no bairro Royal Parque, em São Bernardo

Por Bianca Barbosa
27/01/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


A Represa Billings, que completou 60 anos em 2017, foi responsável por salvar o Estado da maior crise hídrica já enfrentada, em 2014. No entanto, o manancial ainda sofre com a quantidade de lixo e entulho despejados diariamente em suas margens. Em respeito ao local onde vivem e também por preocupação com consequências da sujeira no dia a dia, moradores do bairro Royal Parque, em São Bernardo, organizam mutirão de limpeza hoje, a partir das 8h.

Além dos problemas com lixo e esgoto, terreno próximo à Billings é usado como ponto irregular de descarte de entulho. A equipe do Diário esteve no local e observou que objetos como computadores, vasos sanitários e até armários são descartados na área. Cerca de 30 pessoas confirmaram presença no mutirão de hoje. Desta vez, moradores conseguiram barco para facilitar a captação dos resíduos.

Esta é a terceira ação organizada por moradores da área, destaca Keké Andrade, presidente da Associação de Moradores da Rua Cirilo Pelosine. “Já chegamos a tirar 80 sacos com lixo, fora os objetos inusitados, como um cofre e máquina de lavar”, comenta. A meta é que os mutirões sejam realizados a cada três meses. “Existe diferença entre cobrar e reclamar. Nós oferecemos a nossa contribuição”, afirma.

A autônoma Maria Willy Pereira, 47 anos, mora há 15 na Rua Cirilo Pelosine. Ela diz que se recorda do tempo em que as águas da Billings eram cristalinas. “Acredito que a população também tem de dar a sua colaboração. Isso é cidadania. Não adianta ficar de braços cruzados só esperando pelo poder público”, ressalta.

Presidente da Sociedade Amigos do Jardim Marcopolo, Roque Araújo Neto, morador do bairro há 25 anos, considera que o problema também esteja relacionado ao fato de a população “ter entrado em zona de conforto” em relação à proteção ambiental. “O município e o Estado fazem a parte deles. Precisamos mobilizar as pessoas, cuidar da nossa casa.”

O comerciante Francisco Damasceno, 53, tem um bar às margens da represa há 16 anos. Ele é conhecido pela comunidade por orientar visitantes a não jogarem lixo no local. Seu Chico, como é chamado, instalou latões de lixo na área. “Faço minha parte, preservo a natureza ao meu redor e conscientizo os turistas”, diz.

A Prefeitura informou, por meio de nota, que esteve ontem no local para recolher o lixo mencionado, mas grande parte da extensão estava sem lixos e entulho. Entretanto, a equipe voltará ao bairro para fiscalizar a área destacada pela equipe do Diário hoje.




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