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Casa noturna prestará apoio à família de jovem morto

Balada El Cuervo foi palco de briga que matou
Rafael Mendes Caetano, 23 anos, na sexta-feira

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
17/10/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Representantes da casa noturna El Cuervo, de Mauá, se pronunciaram pela primeira vez após briga que culminou na morte do técnico em rádio e TV Rafael Mendes Caetano, 23 anos, na sexta-feira. O estabelecimento comercial se comprometeu a procurar a família da vítima na próxima semana para prestar apoio.

De acordo com os representantes, a casa noturna conta com seguro, acionado na data da ocorrência. Foi informado ainda que, a partir de segunda-feira, os familiares serão procurados para que seja ofertado o suporte necessário.

Outro ponto destacado foi o fato de o estabelecimento noturno ter tomado todas as medidas na data da ocorrência, como interrupção das atividades, prestação de socorro via Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), ventilação da casa e colaboração com as investigações, a partir do fornecimento das gravações das câmeras de segurança.

Inaugurada há cerca de um ano, a casa noturna recebe média de 280 a 300 pessoas por dia. O funcionamento ocorre de quarta a sexta-feira, das 18h às 4h.

Por meio de nota, a Prefeitura de Mauá informou que a balada El Cuervo está em situação regular com a administração e o Corpo de Bombeiros. O alvará para funcionamento, de número 1057092, tem validade até 31 de janeiro de 2015.

A equipe do Diário esteve no local na noite de ontem e conversou com alguns frequentadores. Apesar de abalados com o ocorrido, os jovens destacaram que o espaço é tranquilo. “Frequento de vez em quando e nunca vi nenhuma briga”, afirma o auxiliar de maquinário Izaac Honorato Sobrinho, 29.

Para o técnico de comunicação Jeferson Leandro de Jesus, 29, o fato de Rafael ter sido espancado e atirado de um mezanino causa revolta. “Traz indignação saber que um policial age assim”, comenta.

SOBRE O CASO

Rafael foi espancado e atirado do mezanino da casa noturna El Cuervo, na madrugada de sexta-feira. A confusão teria acontecido após o jovem ter oferecido bebida a um grupo de desconhecidos que estavam sentados em mesa ao lado. Os indivíduos teriam se irritado por terem sido chamados de “parça” e partido para as agressões com socos e coronhadas. A vítima foi internada com traumatismo craniano grave e morreu na segunda-feira.

A Justiça decretou a prisão temporária de quatro pessoas suspeitas de terem participado da morte do jovem na terça-feira. Entre os presos, três são policiais militares e o outro é um homem de 28 anos que não teve a identidade revelada. Outros cinco policiais estão recolhidos administrativamente na Corregedoria da PM (Polícia Militar), no bairro da Luz, na Capital.

Familiares e amigos se despediram do técnico em rádio e TV na manhã da quarta-feira. 




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