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Cinema de luz

Tudo começou com Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito; daí, pulou para Chico Xavier, filme recorde de público

Por Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
03/09/2010 | 07:01
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Tudo começou com Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito; daí, pulou para Chico Xavier, filme recorde de público no Brasil, chegando a marca de 5 milhões de espectadores. Agora é a vez de Nosso Lar, que estreia hoje e começa batendo recorde em número de cópias distribuidas (435) - no Grande ABC será exibido em 9 salas.

Longe das favelas e do banditismo, sem lançar mão da nudez, os filmes com temática espírita, que vêm arrebatando multidões , estão se tornando um bom filão de investimento.

Baseado na obra homônima psicografada por Chico Xavier e ditada pelo espírito do médico André Luiz, o longa descreve a jornada de um homem após a morte.

André é um bem sucedido médico que, ao morrer, vai para o umbral - região de trevas, equivalente ao inferno cristão. Lá, compartilhando sofrimento e horror, inicia uma jornada de autoconhecimento e transformação. Então é levado para a cidade espiritual ‘Nosso Lar', onde os espíritos se aprimoram para o retorno à Terra em uma outra encarnação.

O filme é protagonizado pelo capixaba Renato Prieto e conta com participaçëos de Werner Schünemann, Ana Rosa, Othon Bastos e Paulo Goulart. A direção é de Wagner de Assis.

HOLLYWOOD BRASILEIRA
Outro recorde é verificado na produção, que estima orçamento próximo aos R$ 18 milhões - desbancando Lula - O Filho do Brasil, de Fábio Barreto, até então o filme mais caro produzido em terras tupiniquins, que custou cerca de R$ 12 milhões.

Efeitos especiais gigantescos para reproduzir a vida pós-mortem é o destino de tanto dinheiro. A empresa canadense Intelligente Creatures (responsável por filmes como Babel e Watchmen) é a responsável pelo visual especial. Mais de 350 imagens do filme têm alguma inserção gerada nos computadores.

Outro trunfo é a participação luxuosa do compositor norte-americano Philip Glass, um dos mais influentes músicos do século 20, que assina a trilha sonora original do longa.

A Federação Espírita do Brasil, que detém os direitos de Nosso Lar, deu aval ao projeto. O livro, aliás, é campeão de vendas entre aqueles cujos direitos a instituição possui.

Dependendo do sucesso, Assis - cujo único filme como diretor havia sido A Cartomante (2004) - planeja trazer outros longas espíritas para as telonas. O mais cogitado é Os Mensageiros, também ditado pelo espírito de André Luiz.

É muito provável que dê certo. Nos dois últimos anos, parece que o cinema brasileiro tem ganhado uma mãozinha do plano superior. (com Agências)

 




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