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EUA tentam cortar fontes de financiamento terrorista
Por Das Agências
04/10/2001 | 00:30
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Os Estados Unidos dão prosseguimento a uma corrida contra o relógio para fazer secar as fontes de financiamento terrorista, enquanto investigam a movimentação de ações antes do atentado de 11 de setembro.

Nesta quarta-feira, o secretário do Tesouro, Paul O´Neill, informou que o governo americano tenta congelar mais de US$ 13 milhões em ativos presumivelmente terroristas existentes no país. "Estamos controlando mais de US$ 13 milhões nos Estados Unidos e somas substancialmente maiores no exterior", disse O'Neill no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes.

O presidente George W. Bush já havia feito referência a uma cifra de US$ 6 milhões em ativos suspeitos nos Estados Unidos, mas os números mudam diariamente.

O Reino Unido informou que o total de ativos bloqueados chegava a US$ 88 milhões, disse O'Neill. No entanto, não fica claro se neste montante está incluída a cifra congelada antes dos atentados de 11 de setembro.

The "Washington Post" citou um funcionário do Departamento do Tesouro que anunciou que no mundo foram congelados mais de US$ 100 milhões em ativos terroristas, sem detalhar essa soma. O jornal acrescentou que nenhuma parte desse dinheiro pertence diretamente a Bin Laden ou a sua rede Al Qaeda.

"O dinheiro pode ser tão letal como uma bala", disse o secretário do Tesouro. "Se vamos evitar e prevenir futuras calamidades, e se vamos desterrar as células terroristas que ameaçam com violência nosso povo e nossas comunidades, devemos caçar os benfeitores financeiros e os intermediários intencionalmente cegos que garantem o assassinato e a violência."

O Departamento do Tesouro trabalha com o FBI para rastrear o financiamento dos atentados e "realiza significativas contribuições" ao esforço para pegar aos financistas, disse.

Os Estados Unidos querem a adesão de seus aliados do Grupo dos Sete países mais industrializados às suas ordens de congelar esse dinheiro, acrescentou O'Neill. "Até o momento, nenhum país se negou a cooperar".

"The Wall Street Journal" informou que os reguladores do mercado americano estavam investigando uma lista de 38 empresas cotadas em Bolsa por uma possível transação fraudulenta de ações antes dos atentados de 11 de setembro. Os reguladores americanos se negaram a fazer comentários.

O subsecretário do Tesouro Jimmy Gurule disse à comissão legislativa que o Departamento estava procurando indivíduos e grupos sem fins lucrativos que financiem a rede Al Qaeda. "Além da arrecadação de fundos, a Al Qaeda utiliza bancos, empresas legais, empresas de fachada e sistemas clandestinos de financiamento para custear suas operações", acrescentou.

"Alguns operadores da Al Qaeda recorrem ao roubo menor para apoiar suas células terroristas. Outros elementos da Al Qaeda lucram com o comércio de drogas", disse, acrescentando que o Afeganistão, controlado pelos talibãs, produzia pelo menos três quartos da plantação de papoula — da qual se fabrica heroína — cultivadas no mundo.




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