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Pet shop vira febre e motivo para bom negócio na região
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
16/10/2005 | 08:01
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Um negócio bom para cachorro. Assim pode ser definido o mercado de pet shops, que está em franca expansão e atrai cada vez mais interessados em montar lojas especializadas para animais domésticos. No Grande ABC, há cerca de 1,8 mil lojas voltadas para animais, que incluem pet shops, aviculturas e casas de produtos agropecuários. Para 2005, a expectativa é que o mercado alcance um crescimento de 15% a 20% na região.

“O mercado de pet shops no Grande ABC ainda tem muito para crescer. Existe espaço para a expansão de serviços especializados, como por exemplo profissionais que trabalham com tosa, adestradores, dog walkers e para criadores de animais”, diz Silvia Valente, presidente da Aspapet (Associação Paulista dos Estabelecimentos Comerciais de Aviculturas, Agropecuárias e Pet Shops Varejistas), com sede em Santo André, e proprietária do Pet Shop Avicultura Canarinho, há 41 anos em Santo André.

No Brasil, há cerca de 8 mil pet shops que comercializam acessórios, medicamentos e oferecem serviços específicos para animais de estimação. Esses estabelecimentos empregam mais de 30 mil pessoas, de acordo com estudo realizado no ano passado pelo Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) com base em dados da Anfal (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação).

“O mercado pet apresenta crescimento médio de 20% ao ano desde 1990”, diz Milton Fumio Banco, consultor do Sebrae-SP. Segundo estimativa de associações do setor, o mercado de pet shops movimenta cerca de R$ 16 bilhões ao ano no país.

Investimentos – Os cuidados do proprietário com seu bicho de estimação têm atraído investidores para esse segmento, que possui lucratividade média de 18% ao ano. Foi o caso da professora de educação infantil Roberta Livi que montou há cerca de seis meses o Chiques & Bichos Pet Store, em Santo André. “Existe concorrência, mas é possível investir nesse ramo, porque hoje em dia as pessoas tratam o animal como um membro da família.”

  Roberta desembolsou cerca de R$ 25 mil na abertura da loja e espera ter o retorno do negócio em até um ano e meio. Para atrair a clientela, além de oferecer venda de ração e serviços de banho e tosa, ela também comercializa acessórios, roupas e guloseimas como chocolates especiais e ossos em formato de batata frita para pets. “No próximo mês, começarei a trabalhar com banhos terapêuticos. O dono de pet shop deve investir em serviços diferenciados se quiser se destacar.”

O ramo de cuidados e trato de animais também fez com que o ex-metalúrgico Javier Aldo Toro Villarroel optasse por abrir o Pet Shop Arca de Noé, em São Caetano, há quatro meses. “Investi cerca de R$ 18 mil para montar a loja. Após pesquisa, constatei que há uma procura grande por acessórios e comida para animais.” Para sair da mesmice dos concorrentes, Villarroel montou uma loja com hotel para animais de pequeno, médio e grande porte e mantém serviços 24 horas para clientes. “Também levo os animais que estão no hotel para passear diariamente e quinzenalmente realizo uma feira de venda de cães e gatos”, diz.



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